Atualização em 28/05 às 16h27
Milhares de pessoas saíram às ruas de Paris nesta segunda-feira (27/05) em protesto contra os ataques das Forças Armadas de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) no campo de refugiados Tal as-Sultan, no sul de Rafah, que mataram pelo menos 45 crianças, mulheres e idosos carbonizados, e deixaram mais de 200 feridos.
Segundo o jornal Le Figaro, manifestantes protestaram em frente à embaixada de Israel, em Paris, gritando “somos todos filhos de Gaza”, “viva a luta do povo palestino”, “Gaza livre”, e “Gaza, Paris está contigo”. Participantes relataram que, apesar da intenção de chegar até o prédio que representa Tel Aviv na França, a polícia local impediu a movimentação.
Assim, os franceses protestaram com bandeiras palestinas e cartazes com dizeres “não matamos uma criança, seja judia ou palestina: parem os bombardeios, libertem a Palestina” e “Rafah, Gaza estamos com você”.
“Palestinos foram queimados vivos pelo bombardeio israelense contra um campo de refugiados. Vimos vídeos de famílias retirando seus entes queridos de tendas em chamas”, declarou François Rippe, vice-presidente da Associação de Solidariedade França-Palestina (AFPS), organizadora da manifestação, ao Le Figaro.
O jornal ainda informou que uma faixa carregada pelos manifestantes exibia desenhos dos rostos dos presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Joe Biden, com o slogan “é a humanidade que eles estão assassinando”
A passeata, formada por jovens e organizações judaicas antissionistas como a Tsedek e Union Juive Française pour la paix (UJFP), aconteceu até meia-noite em diversos locais Paris, especialmente na Place de la République. Novos atos são organizados nesta terça-feira (28/05).
Já em Israel, na cidade de Haifa, foi registrado um ato pró-Palestina em condenação ao ataque contra o campo de refugiados e pedindo um cessar-fogo da ofensiva.
Segundo a emissora catari Al Jazeera, vídeos registraram dezenas de manifestantes com cartazes dizendo “as vidas da Palestina são importantes” e “tirem as mãos de Rafah”.
O jornal também trouxe a informação de que a polícia israelense esteve presente no local do protesto e deteve alguns dos manifestantes.
(*) Com Brasil de Fato