Os aviões da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) bombardearam neste domingo (21/08) o quartel-general do líder líbio, Muamar Kadafi, em Trípoli, e o aeroporto de Maitika, também na capital do país, informaram a rede de televisão Al Jazeera e a rede multiestatal TeleSur.
A emissora do Catar anunciou também a prisão, em Mitiga, do coronel Khituni, considerado um dos principais militares leais ao regime de Kadafi, além de oito de seus colaboradores. Fontes dos rebeldes disseram também à Al Jazeera que chegaram a tomar o controle da histórica cidade de Tarhuna, 60 quilômetros ao sul de Trípoli.
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Na operação rebelde, os insurgentes contrários ao regime de Kadafi se levantaram em bairros orientais da capital e começaram a chegar também pelo mar, procedentes de Misrata. Segundo as mesmas fontes, as forças opositoras se encontram cerca de 27 quilômetros da capital, onde já conseguiram controlar pelo menos quatro bairros da capital. Também há milicianos rebeldes que se dirigem rumo à sede da rádio estatal, indica a Al Jazeera.
O grupo “Feshlum, berço dos revolucionários” indicou na rede social Facebook que os rebeldes conseguiram entrar em uma sede dos serviços secretos líbios no bairro de Feshlum, em Trípoli, que agora sofre bombardeios das forças leais a Kadafi. De acordo com o grupo, o número de combatentes que desembarcaram na capital procedentes de Misrata chega a cerca de 200.
Kadafi
Em pronunciamento transmitido pela televisão ontem, Kadafi parabenizou
os líbios pela “eliminação dos ratos” (em referência aos rebeldes) e
ainda acusou o presidente francês, Nicolás Sarkozy, de ser responsável
pelos ataques. Ele instou à população a se unir contra os rebeldes. “É
preciso acabar com esta farsa. Vocês devem marchar aos milhões para
libertar as cidades destruídas” controladas pela rebelião, declarou o
coronel.
O ministro da Informação do governo líbio, Moussa Ibrahim, confirmou que
“pequenos” grupos de rebeldes invadiram a capital do país, mas afirmou
que foram detidos por tropas pró-Kadafi.Segundo Ibrahim, Kadafi continua
governante do país e a capital Trípoli está protegida. Ele afirmou que
entre os presos há argelinos, tunisianos e egípcios.
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