Na manhã deste sábado (14/04), autoridades da Venezuela e da Nicarágua afirmaram que os presidentes dos países, Hugo Chávez e Daniel Ortega, respectivamente, desistiram de participar da VI Cúpula das Américas. O evento teve início também neste sábado em Cartagena, na Colômbia.
Chávez, cuja ausência era a mais especulada, seguirá ainda neste sábado para Cuba, onde dará sequência ao seu tratamento de radioterapia. As informações foram divulgadas pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Nicolás Maduro, que está em Cartagena.
Já a ausência de Ortega foi noticiada pelo vice-chanceler da Nicarágua, Valdrak Jaentschke, durante uma reunião de presidentes e ministros dos países do Sica (Sistema de Integração Centro-Americana), realizada pouco antes do início da Cúpula.
O encontro entre os líderes tinha o objetivo de definir uma posição comum aos países que formam o bloco em relação à suas participações no evento de Cartagena. Os líderes do México, Felipe Calderón, e da Colômbia, também participaram do encontro.
Outro que não participará do encontro é o presidente do Equador, Rafael Correa. Ao anunciar que não iria à Cúpula, Correa pediu aos seus demais colegas da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas) que também desistissem de comparecer ao evento, por conta da exclusão de Cuba, membro do grupo.
Dessa forma, apenas os presidentes da Bolívia, Antígua e Barbuda, Dominica e São Vicente e Granadinas comparecem à Cúpula. A exclusão de Cuba da Cúpula foi uma determinação dos Estados Unidos, que alegam que o modelo político e social do país não está adequado com as determinações da região.
Na manhã deste sábado, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou à emissora colombiana Caracol Televisión que considera Cuba um Estado “antidemocrático e autoritário”. Segundo ele, não são os EUA que impedem a participação do país nas Cúpulas da região e sim suas “práticas contrárias aos direitos universais”. “Não podemos fechar os olhos aos abusos que acontecem”, concluiu Obama.
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