* Atualizada às 14h11
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que vai propor uma aliança entre o recém-criado Banco dos Brics e a instituição financeira que representa a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), o Banco do Sul, ferramenta para financiamento de projetos de integração cuja criação foi combinada entre países sul-americanos.
A declaração foi feita nesta terça-feira (15/07), horas antes de Maduro embarcar a caminho do Brasil, onde participará de uma reunião entre a Unasul e os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além dos líderes dos dois blocos, também participarão da reunião de hoje em Brasília os chefes de Estado de Cuba, Costa Rica e México, constituindo um inédito primeiro contato formal entre a América Latina e as grandes economias emergentes.
Agência EFE
O presidente venezuelano Nicolás Maduro durante o seu programa de rádio nesta terça-feira (15/07)
“Modestamente, nós vamos propor que se faça uma aliança (…) cada um cumprindo o novo papel na nova arquitetura financeira”, disse o chefe de Estado em seu programa semanal de rádio Em Contato com Maduro, quando questionado por Opera Mundi sobre sua participação na cúpula. O presidente venezuelano disse ainda nutrir “todas” as expectativas em relação ao bloco dos emergentes e elogiou a criação do banco de desenvolvimento do bloco para uma nova ordem econômica internacional, classificando como “históricos” os anúncios feitos.
O presidente venezuelano disse que sua agenda no Brasil será frenética, já que tem previstas várias reuniões bilaterais, como com o presidente russo Vladimir Putin, com o sul-africano Jacob Zuma e com o recém-reeleito Juan Manuel Santos, para discutir mecanismos de combate ao contrabando de produtos venezuelanos à Colômbia. Outra das atividades previstas é a primeira reunião do Fórum China-Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos).
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Maduro também anunciou que fará uma “revolução fiscal”, uma “revisão completa do sistema de governo” e iniciará uma auditoria do uso de cada dólar vendido pelo Estado – que controla o comércio cambial há mais de uma década – no primeiro semestre de 2014. Segundo o presidente venezuelano, mais de três mil empresas não poderão aceder ao sistema de administração de divisas por estarem sendo investigadas por suposto “mau uso” de dólares designados pelo Estado.
Assista às declarações de Maduro: