Em meio aos protestos realizados após o funeral de Freddie Gray em Baltimore, outro jovem negro foi assassinado por um policial branco nos Estados Unidos. Segundo informações divulgadas pela imprensa norte-americana nesta quarta-feira (29/04), Terrance Kellom, de 20 anos, foi morto na segunda-feira (27/04) enquanto estava em sua casa na cidade de Detroit, situada no estado de Michigan. Novas manifestações foram realizadas hoje em diversas cidades do país contra a violência racial.
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Agência Efe
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Com relação aos casos recentes de violência policial contra afro-americanos, o presidente norte-americano Barack Obama disse nesta quarta-feira (29/04), que os corpos policiais devem “remover as pessoas que não estão fazendo o correto” e que é preciso “fazê-los prestar contas”. Obama voltou a insistir que, além dos protestos em Baltimore, Ferguson (Missouri) e Nova York devido à morte homens negros desarmados pelas mãos de policiais, é preciso examinar as causas subjacentes do problema.
Líderes entoavam palavras de ordem como “mãos ao alto” e “não atire”, famosas nos protestos realizados ano passado em Ferguson:
Speakers address the crowd gathered in Union Square. Chants of 'Hands up. Don't shoot.' pic.twitter.com/UWXiT1EtXx
— Joe Torres (@joetorresABC7) 29 abril 2015
Nesta quarta, milhares de pessoas marcharam em solidariedade aos acontecimentos nas ruas de Nova York. A polícia utilizou auto falantes e distribuiu panfletos alertando os manifestantes de que eles poderiam ser detidos em caso de bloqueio das vias públicas.
Manifestantes se concentraram na Union Square em solidariedade às manifestações de Baltimore:
THOUSANDS gathered at Union Square for #BaltimoreUprising solidarity march in #NYC https://t.co/UpIx6N3zeD
— JamesFromTheInternet (@JamesFTInternet) 29 abril 2015
Também foram realizados novos protestos em Baltimore, sem incidentes de confronto entre polícia e manifestantes.
Kellom
Na noite desta terça-feira (28/04) foram realizados protestos nas proximidades da casa em que Kellom morreu. A versão policial diz que ele seria preso por suspeita de participação em um assalto realizado há alguns dias, mas teria tentado ferir os policiais com um martelo.
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Os familiares, no entanto, desmentiram a versão de que o jovem tinha algo nas mãos e ressaltam que se tratou de mais um caso de racismo. “Meu filho morreu com os punhos cerrados. Não tinha um martelo. Assassinaram meu filho na minha cara”, disse Kevin Kellom, pai do jovem.
O disparo contra Terrance Kellom foi realizado por um oficial do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas, que era parte da equipe de Apreensão de Fugitivos de Detroit. O agente não foi despedido, mas recebeu uma pena administrativa.