O plenário do Senado aprovou nesta quinta-feira (18/06) a ida de uma nova comissão a Caracas, com a finalidade de “verificar in loco a situação política, social e econômica” do país.
A nova comissão será composta pelos senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). No requerimento de criação da comissão, os senadores alegam que o outro grupo — que foi alvo de manifestação pelos venezuelanos e voltou ao Brasil sem cumprir a agenda planejada — “não atende às exigências de isenção e imparcialidade que a gravidade do momento delicado requerem”.
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Moreira Mariz/Agência Senado
Em discurso no plenário, Ranfolfe Rodrigues (PSOL-AP) foi um dos senadores que fizeram pedido por nova missão rumo a Caracas
O requerimento diz ainda que “os ilustres senadores que compõem aquela comissão marcam o seu discurso pela indução ao acirramento dos ânimos, tanto para atingir objetivos na política interna brasileira (desgaste político do governo federal), como para fortalecer um dos lados na disputa democrática venezuelana”.
“É dever do Brasil — logo, da diplomacia parlamentar — identificar e promover as condições de diálogo interno, pacificação e redução da agressividade que tem marcado o processo democrático venezuelano”, afirmam os senadores no requerimento.
A expectativa é que o novo grupo de senadores brasileiros chegue ao país na próxima quarta-feira (24/06). O grupo que esteve em Caracas hoje, teve o veículo que usaram para sair do aeroporto apedrejado e a comitiva foi insultada por manifestantes. Eles tinham o objetivo de conversar com as famílias de políticos opositores ao governo que estão presos. Comissão é formada, em sua maioria, por oposicionistas ao governo da presidente Dilma Rousseff.
São membros os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Aécio Neves (PSDB-MG), José Medeiros (PPS-MT), José Agripino Maia (DEM-RN), Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Também foi aprovada no plenário do Senado uma moção de repúdio ao tratamento que eles receberam no país vizinho.
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