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Política e Economia

Brasil atingiu meta do milênio em redução de pobreza e fome, diz ONU

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Segundo especialista do Pnud, grupos mais afetados pela pobreza extrema são as mulheres, os idosos, as pessoas com deficiências e as minorias étnicas

Edgard Júnior

2015-07-27T17:40:00.000Z

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A especialista do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) Renata Rubian afirmou que o Brasil conseguiu atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs, em relação à pobreza e à fome. Em Nova York, Rubian disse em entrevista à Rádio ONU que o país buscou metas bem mais ambiciosas do que as determinadas pelas ODMs.

"Por exemplo, a meta de redução da pobreza no Brasil não é de 50%, a meta de redução do Brasil que o governo adotou é de reduzir a 25% a incidência da pobreza extrema. A meta de redução da fome no Brasil também não é de redução de incidência de 50%. É uma meta de erradicação da fome", disse Rubian.

Leia também: Humilhação, xingamentos e tortura: violações de direitos humanos marcam formação de policiais militares brasileiros

Wikicommons

O sertão nordestino é um dos locais com maior concentração de pobreza extrema no Brasil


Em relação aos países de língua portuguesa, ela citou resultados mistos. Rubian falou sobre a situação em Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e Timor-Leste, que registrou avanços no setor de saúde.

"O Timor-Leste ainda não atingiu a meta de redução de pobreza, mas a genete vê que o Timor é um sucesso, na verdade, na redução da mortalidade infantil e na melhoria da saúde materna. No caso dos países africanos, é uma situação complexa. A gente vê, por exemplo, Angola e Moçambique que têm um crescimento econômico astronômico. Angola, a gente sabe muito bem de todas as riquezas naturais, como diamantes e petróleo. Mas infelizmente, no caso de Angola e Moçambique, esse crescimento econômico não se traduziu numa redução da pobreza."

Leia também: Censos dos últimos 50 anos mostram que avanços no acesso a educação e renda não diminuem disparidade racial no Brasil

No caso da Guiné-Bissau, Rubian disse que o país enfrentou mais desafios devido a instabilidade política e acabou não registrando avanços na redução da pobreza.

No geral, a especialista do Pnud afirmou que o mundo conseguiu reduzir a taxa de pobreza de 36% em 1990, para 15% atualmente. Segundo ela, os grupos mais afetados pela pobreza extrema são as mulheres, os idosos, as pessoas com deficiências e as minorias étnicas.


Dados

Rubian disse que houve um avanço no plano global, em termos absolutos, mas quando analisados os dados agregados, os desafios continuam em várias áreas. No caso do objetivo 8, da parceria para o desenvolvimento global, Rubian explica que ele propõe mudanças em vários setores como o financeiro, principalmente no comércio internacional. Ainda na lista estão negociações para o perdão da dívida externa de países, acesso a medicamentos e à tecnologia.

"Em termos de tecnologia a gente pode dizer que essa é uma área de tremendo sucesso. A gente até compara… em vários países uma pessoa pobre tem acesso a um telefone celular mas não tem acesso a um banheiro, a um vaso sanitário. É um dado estatístico triste mas é a realidade. Em relação à telefonia celular foi um momento enorme e temos 95% da população, a gente calcula, com acesso a um telefone celular."

Leia o relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de 2014 na página do Pnud Brasil

Agenda Pós-2015

Renata Rubian falou também sobre como a luta contra a pobreza e a fome e os esforços para o desenvolvimento se encaixam na nova agenda sustentável pós-2015, que será aprovada em setembro.

A especialista do Pnud chamou a atenção para os princípios de sustentabilidade que vão estar incluídos no novo documento. Ela citou o princípio da integração entre os fatores sociais, econômicos e ambientais e também o da universalidade, que tem duas dimensões.

Rubian explicou que a agenda será aplicada a todos os países: desenvolvidos e em desenvolvimento e trará metas universais, como por exemplo, acabar mundialmente com a pobreza e a fome até 2030.

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Política e Economia

Boris Johnson renuncia ao cargo de premiê britânico

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Mais de 50 ministros e funcionários de alto escalão haviam deixado suas funções após uma série de escândalos no governo Johnson

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-07T12:24:00.000Z

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou sua renúncia da liderança do Partido Conservador e do cargo de premiê nesta quinta-feira (07/07) em meio a um novo escândalo que atingiu seu governo. 

Ele permanecerá na função de forma interina enquanto o Partido Conservador escolhe seu sucessor. Johnson ainda informou que as nomeações feitas nas últimas 24 horas vão ajudar a fazer esse processo de transição.

"Os líderes do Partido Conservador decidiram que é melhor formar um novo governo e eu concordei em entregar o cargo. As datas dos próximos passos serão anunciadas na próxima semana", disse em frente ao nº 10 de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro.

Johnson reconheceu que as recentes revelações tornaram o governo insustentável e que "nos últimos dias tentou persuadir os aliados a não mudar o governo". "É uma pena que isso não tenha sido bem sucedido e que tenhamos que mudar nesse momento. Ninguém é indispensável", acrescentou.

Sobre o sucessor, BJ afirmou que o dará "todo o apoio que puder" e reconheceu que muitos britânicos "vão estar aliviados" com sua saída, enquanto outros "desapontados".

O agora ex-premiê lembrou dos desafios do mandato, como o processo de saída da União Europeia, a pandemia de covid-19 e a "guerra de Vladimir Putin na Ucrânia". E agradeceu o serviço prestado pelos membros do governo e pelos profissionais da saúde. Prometeu ainda que o governo continuará a apoiar os ucranianos de forma concreta.

Picture by Kyle Heller / No 10 Downing Street
Johnson permanece na função de forma interina até o sucessor ser escolhido

O processo para escolher o próximo líder do Partido Conservador será iniciado na próxima semana. Para disputar a sucessão de Johnson, cada candidatura precisa assegurar o apoio de pelo menos oito deputados.

Na primeira votação, são eliminados os postulantes que receberem menos de 18 votos. Na segunda, a cláusula de barreira aumenta para 36 votos. A partir daí, o candidato com menos votos é eliminado, até que reste apenas um. 

Crise no governo Johnson

Após os escândalos do PartyGate, uma nova crise no governo Johnson ocorre por conta de uma série de denúncias que apontam que o premiê sabia de acusações de má conduta sexual antes de nomear o ministro Christopher Pincher, que renunciou ao cargo na última semana, e era um dos seus principais aliados entre os conservadores.

Apesar de um novo escândalo denunciado por dois homens em junho, que foram apalpados em um clube, Pincher tem uma longa lista de acusações do mesmo tipo desde 2012. Por conta disso, uma série de ministros e funcionários de alto escalão - mais de 50 - anunciaram que estavam deixando suas funções nesta semana.

Pouco antes das novas revelações, Johnson sobreviveu a uma moção de desconfiança em maio por conta de membros de seu governo - incluindo ele próprio - terem violado com frequências as regras sanitárias contra a disseminação da covid-19 com festas. Caso que ficou conhecido como PartyGate.

(*) Com Ansa. 

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