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Política e Economia

Hoje na História - 1959: Espião Klaus Fuchs é libertado na Inglaterra

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Hoje na História - 1959: Espião Klaus Fuchs é libertado na Inglaterra

Max Altman

2010-06-23T06:04:00.000Z

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Em 23 de junho de 1959, depois de cumprir nove anos de prisão, Klaus Fuchs, cientista norte-americano nascido na Alemanha, que participou do programa ‘Los Álamos’ que construiu a primeira bomba atômica e cuja espionagem ajudou a União Soviética a construir suas bombas atômicas e de hidrogênio, é libertado de uma prisão britânica. Fuchs deixou imediatamente a Inglaterra rumando para a Alemanha Oriental onde reassumiu sua carreira científica.

Como estudante na Alemanha entreguerras, Fuchs filiou-se ao Partido Comunista Alemão, em 1930. Entretanto, com a chegada do líder nazista Adolf Hitler ao poder, foi obrigado em 1934 a fugir da Alemanha. Radicando-se no Reino Unido, tornou-se um jovem cientista brilhante tendo sido recrutado em virtude de seu destacado desempenho, pelas autoridades militares após a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A despeito de seu passado comunista, foi confirmado em suas funções. Em 1943 Fuchs junto com outros cientistas britânicos foram enviados aos Estados Unidos para juntar-se a um projeto atômico altamente secreto. Finalmente, indicado para os escritórios centrais onde se desenvolvia a essência do projeto em Los Álamos, Novo México, Fuchs logo se tornou uma figura importante.

Sem que ninguém em Los Á4lamos tivesse tomado conhecimento, fez contacto com um espião soviético logo após a sua chegada, oferecendo informações precisas sobre o programa, inclusive uma cópia do plano "Fat Man". Os trabalhos em Los Álamos culminaram com a construção de 3 bombas atômicas. A primeira foi usada no teste nuclear em Alamogordo (Novo México) em 16 de julho de 1945, tendo sido batizada com o nome de código de Trinity. As outras duas, “Little Boy” e “Fat Man” foram usadas no bombardeio de Hiroxima e Nagasáqui em 6 e 9 de agosto de 1945 respectivamente. Além desse plano, passou informações sobre tudo o que os cientistas conheciam até então sobre uma hipotética bomba de hidrogênio.

Após a guerra, Fuchs retornou à Inglaterra, onde prosseguiu com seus trabalhos em pesquisas nucleares e com a espionagem soviética até 21 de dezembro de 1949, quando um oficial da inteligência britânica acusou-o de ter fornecido informações classificadas sobre armas nucleares à União Soviética. A descoberta da espionagem de Fuchs veio à tona quarto meses depois de Moscou ter detonado com sucesso sua primeira bomba atômica.

Fuchs foi considerado culpado e, em 1º de março de 1950, condenado, após duas horas de julgamento, à prisão. Pela lei britânica, ele só poderia ser condenado a 14 anos de reclusão visto que a União Soviética não era considerada oficialmente inimiga da Inglaterra por ocasião de sua prisão. Após 9 anos foi libertado por bom comportamento, deixando o Reino Unido e rumando para a Alemanha Oriental. Morreu em 1988.

A revelação da espionagem de Fuchs foi o principal fator que levou o governo dos Estados Unidos a aplicar vultosos fundos para o desenvolvimento da bomba de hidrogênio, teoricamente centenas de vezes mais poderosa que as bombas atômicas lançadas sobre o Japão. A primeira bomba de hidrogênio usamericana foi detonada em 1952. Três anos mais tarde, a União Soviética detonou sua primeira bomba de hidrogênio sob o mesmo princípio da fissão nuclear.

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Política e Economia

FBI investiga Trump por violar lei de espionagem e recupera documentos dos EUA

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Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-08-12T21:40:00.000Z

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O FBI está investigando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump por violação do "Ato de Espionagem", por obstrução de justiça e por remoção ou destruição de registros, informam os documentos tornados públicos nesta sexta-feira (12/08).

Ao todo, 20 caixas de documentos, fotos e outros itens foram retirados da mansão de Mar-a-Lago na operação da última terça-feira (08/08). A informação foi divulgada pelo pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal. Entre as páginas estavam documentos com a marcação de "TS/SCI", o mais alto nível de classificação secreta do governo norte-americano.

Foram quatro caixas de documentos "ultrassecreto", três de "secretos" e três de "confidencial". Também foi confirmado que, durante a operação, foi recuperado um material sobre o "presidente da França", Emmanuel Macron.

O Washington Post afirmou que, segundo fontes ligadas à investigação, o FBI também buscava documentos secretos sobre armas nucleares. "Especialistas em informação confidencial disseram que a busca incomum levanta grave preocupação em autoridades do governo sobre o tipo de informação que eles pensavam que poderia ser encontrada [na residência] de Trump em Mar-a-Lago e potencialmente em risco de caírem em mãos erradas", afirmou o periódico.

Palácio do Planalto/Flickr
Arquivos 'ultrassecretos' e de 'informação sensível' foram apreendidos na casa do ex-presidente

O mandado de busca e apreensão ainda autorizou a investigação no escritório de Trump na residência e em qualquer "sala de armazenamento e outras salas dentro da premissa de uso ou possível uso por [Trump] e sua equipe e em caixas ou documentos que podem ter sido armazenados, incluindo todas as estruturas ou prédios do local".

Após a divulgação das informações oficiais, Trump se manifestou por meio de sua rede social, a Truth, se defendendo das acusações.

"Número um, era tudo material desclassificado. Número dois, não tinham a necessidade de sequestrar nada. Poderiam ter obtido isso quando quisessem sem fazer política e entrar em Mar-a-Lago. Estavam em um lugar seguro, com um cadeado a mais depois que me pediram", escreveu.

Trump tenta fazer com que a operação do FBI se torne política e vem conseguindo apoio dos seus pares republicanos nisso. Já a Casa Branca se manifestou apenas uma vez sobre o caso, dizendo que o presidente Joe Biden ou qualquer membro do alto escalão não sabiam da ação.

(*) Com Ansa e Brasil de Fato.

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