O premier italiano, Silvio Berlusconi, afirmou que os ex-membros de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL), que decidiram unir-se ao seu ex-aliado Gianfranco Fini, “não interferirão no apoio ao governo”, que “conseguirá seguir em frente”.
Berlusconi voltou a ressaltar que sua gestão continua com a maioria para governar, ao participar de um coquetel oferecido aos senadores do PDL, em Roma.
A declaração é feita ainda no dia em que Fini, titular da Câmara dos Deputados, criou uma nova agrupação chamada Futuro e Liberdade para a Itália (FLI) e integrada por dez senadores, o mínimo necessário para este tipo de formação.
“Frente às iniciativas de Fini, não podíamos nos comportar de forma diferente, mas estamos tranquilos, respeitamos o voto do Povo da Liberdade, com o qual fomos eleitos”, reiterou o primeiro-ministro, ao referir-se à decisão do PDL de retirar o parlamentar da legenda.
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Na última semana, após meses de embate entre Berlusconi e seu então aliado político, os membros do conselho diretivo do PDL decidiram pela saída de Fini.
Hoje, a crise ganhou um novo capítulo com o anúncio da criação do novo grupo parlamentar com dez senadores e 33 deputados. Entre os integrantes estão Barbara Contini e Candido De Angelis.
Além do respaldo de alguns parlamentares, Fini conta ainda com membros no gabinete italiano, como Andrea Ronchi (ministro para as Políticas Europeias) e Adolfo Urso (vice-ministro de Desenvolvimento Econômico).
Amanhã, o presidente da Câmara irá receber os parlamentares para discutir a moção de desconfiança contra o vice-ministro da Justiça Giacomo Caliendo, suspeito de envolvimento na manipulação de decisões judiciais em troca de favores.
Na quarta-feira, o caso de Caliendo será analisado pelos legisladores e se constituirá na primeira prova de Berlusconi após a ruptura com o político que ajudou a fundar o PDL em 2009. Antes da distensão, a legenda controlava 342 cadeiras na Câmara, que tem 630, e 175 cadeiras no Senado, com um total de 322.
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