Atualizada às 13h30
Quatro anos após a Guerra do Líbano de 2006, israelenses e libaneses entraram novamente em confronto. Um tanque israelense abriu fogo contra posições do exército libanês no sul do Líbano nesta terça-feira (3/8), informou o jornal israelense Haaretz. De acordo com o diário israelense, as tropas libanesas responderam à ação de Israel com disparos de artilharia.
O choque ocorreu quando um grupo de soldados israelenses tentou cortar
árvores na chamada cerca técnica, instalada por Israel. Essa cerca se
localiza antes da “linha azul”, marcada pela ONU para definir a retirada
israelense do sul do Líbano em maio de 2000, após 22 anos de ocupação.
A violência deixou cinco mortos, sendo quatro libaneses e um israelense, segundo a agência Reuters. O tenente-coronel Dov Harari, 45 anos, morreu nos enfrentamentos, confirmaram fontes militares israelenses. De acordo com a Reuters e a rede Al-Jazeera, três soldados e um repórter libaneses também morreram.
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Não há informações sobre o que teria causado o confronto, mas o Haaretz relata o possível disparo de um foguete, que teria atingido a região norte da Galiléia. No Líbano, forças de segurança disseram que o foguete atingiu o vilarejo de Aadassi, danificando uma casa. “Tudo começou quando os israelenses quiseram cortar uma árvore dentro do Líbano. O exército libanês atirou e então eles responderam”, afirmou ao Haaretz uma fonte libanesa.
Os confrontos no sul do Líbano acontecem após os ataques com foguetes palestinos que nesta segunda-feira (2/8) atingiram as cidades de Eilat e Aqaba, na Jordânia. As explosões mataram ao menos um jordaniano e deixaram outros cinco feridos, de acordo com fontes oficiais.
Quatro anos
O conflito militar entre Israel e Líbanos aconteceu na fronteira, no início no dia 12 de julho de 2006 e durou até o dia 14 de agosto daquele ano. A chamada Guerra do Líbano, também conhecido, em Israel, como Segunda Guerra do Líbano; no Líbano, como Guerra de Julho, envolveu as Forças de Defesa israelenses, o braço armado do Hizbollah e, em menor grau, o exército libanês.
O estopim da guerra foi o sequestro de dois soldados israelenses por milicianos do Hizbollah, que segundo fontes libanesas, haviam ultrapassado a fronteira.
O conflito durou 34 dias e resultou na morte de 1.200 pessoas no Líbano, a maioria civis, e 157 israelenses, a maior parte soldados, e destruiu parte importante da infraestrutura libanesa.
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