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Política e Economia

'PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia', diz José Genoino

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Em entrevista a Breno Altman, ex-deputado federal por SP afirmou que a classe dominante 'não tem escrúpulos' ao defender o capitalismo

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-02-03T16:28:00.000Z

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O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal por São Paulo José Genoino disse nesta quarta-feira (03/02), em entrevista a Breno Altman, durante o programa 20 Minutos, que o PT teve ilusões com o compromisso democrático da burguesia durante os anos de governos petistas no país. 

Segundo Genoino, o PT acreditou que a democracia "era para valer" e que seria respeitada pela classe dominante brasileira. No entanto, a burguesia do país "não tem escrúpulos" para salvar o sistema capitalista.

Reveja a entrevista com José Genoíno:


"Nós achávamos que a democracia era para valer e que a classe dominante não iria romper com as regras do jogo. Ela rasgou a fantasia e fez o que fez com o PT e com o Lula. Até mesmo quando aceitavam o Lula e o PT e quando dialogavam conosco diziam que 'esses caras não são do nosso time, do nosso campo', eles têm um lado. Portanto, essas ilusões existiram", afirmou. 

O ex-presidente do partido declarou ainda que o PT acreditou que a correlação de forças estava acima de outras questões do governo. Genoino aponta que a "luta de classes está acima dessa correlação". "O Estado brasileiro foi domesticando nossa presença dentro dele", disse.

Golpe de 2016

Para Genoino, o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, foi anunciado ainda em 2014, quando houve uma "tentativa de rompimento com as regras do jogo". "Nós tivemos uma radicalização que marcou nossa presença no governo. Essa ilusão chegou ao ponto da gente dizer que não teria golpe", declarou. 

De acordo com o ex-deputado, é necessário, agora, novas estratégias para combater as alas conservadoras e de direita do país, sendo preciso "questionar a ordem capitalista neoliberal". 

"Não devemos ter medo de chamar as coisas pelo nome delas. Devemos investir em uma reelaboração à luz das experiências do partido e investir com as esquerdas", afirmou. 

'Fora Bolsonaro'

Ainda na conversa, Altman e Genoino falaram sobre uma possível saída do presidente Jair Bolsonaro do cargo. O ex-deputado disse acreditar em uma frente de esquerda democrática que seja "anti reformas neoliberais". 

"Nós temos que impedir a estabilização desse modelo que vai nos levar à catástrofe. O 'Fora Bolsonaro' é uma bandeira central. Nesse sentido, o desafio é o ano de 2021, que será estratégico", declarou Genoíno afirmando que é necessária ainda a defesa dos direitos políticos de Lula. 

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Eleições 2021 no Peru

Peru: Castillo e Keiko se consolidam na liderança e preparam disputa no 2º turno

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Pedro Castillo reiniciou campanha e visitou cidade onde estudou quando criança, e Keiko Fujimori manteve reuniões políticas; Congresso peruano deve ser marcado por fragmentação

Rafael Targino

São Paulo (Brasil)
2021-04-14T20:30:00.000Z

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Com 94,91% das atas eleitorais já contabilizadas no Peru, os candidatos de esquerda Pedro Castillo (Peru Livre) e a direitista Keiko Fujimori (Força Popular) se consolidaram nas duas primeiras posições e estão em vias de se confirmarem no segundo turno das eleições no país.

Castillo já começou, inclusive, a campanha, tendo, nesta terça (13/03), visitado a cidade onde estudou quando criança – Chugur, a 920 km ao norte de Lima. Ele fez um chamado às forças de segurança e ao empresariado para que, nas palavras do candidato, “não se assustem” com um eventual governo do Peru Livre.

“Faço uma convocatória aberta às pessoas, à Polícia Nacional, que está dependendo de nossas ações; às Forças Armadas, ao grande empresariado, que nos sentemos para conversar, que não se assustem”, disse, de acordo com o La República.

Ele confirmou sua intenção de, se eleito, convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para fazer uma nova Carta Magna para o país, e reiterou o pedido de diálogo. “Sentemos para conversar. Deixemos de lado as posições partidárias. Não se deixem levar pelo que dizem, pela televisão, pelos jornais, porque há certos interesses. E é porque há temor do outro lado, porque sabe que vamos tirar a mamadeira deles”, afirmou.



Por outro lado, Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, manteve reuniões políticas em Lima para tentar angariar apoios para o segundo turno. De acordo com o jornal La República, um dos candidatos a vice de Keiko, Luis Galarreta, iniciou contatos com outros candidatos derrotados no primeiro turno. Segundo o periódico, há um movimento para tentar conversar com Hernando de Soto, de direita, e com Rafael López Aliaga, de extrema-direita e conhecido por ser membro da Opus Dei.

De Soto, no entanto, diz que o pior cenário para o país seria a vitória de Keiko. “O pior cenário para o país, não tenho a menor dúvida, é que a senhora K seja presidenta. Não vamos permitir porque não se trata de preconceitos, ódios ou desconfiança. Trata-se de provas concretas. Como a senhora K reivindicou abertamente a ditadura do senhor Fujimori […] Não condenou as esterilizações, a perseguição a líderes de oposição”, disse, a uma rádio local, segundo informações do República.

Reprodução
Pedro Castillo e Keiko Fujimori se consolidaram nas primeiras posições e devem passar ao segundo turno no Peru

Se o resultado se confirmar, será a terceira vez em que Keiko chega a um segundo turno. Em 2016, foi derrotada por muito pouco (apenas 0,24 ponto percentual) por Pedro Pablo Kuczynski. Entre uma eleição e outra, ela chegou a ser presa por denúncias de corrupção. O pai dela, o ex-ditador Fujimori, está preso por crimes contra a humanidade.

Congresso do Peru

O novo presidente, seja quem for, terá que lidar com um Congresso fragmentado – uma receita que ajudou a provocar uma instabilidade política no país e que resultou em quatro presidentes em quatro anos. Além disso, pela primeira vez, a ultradireita católica deverá estar representada no Parlamento.

Segundo a imprensa peruana, o Peru Libre, de Castillo, será a maior bancada, tendo de 30 a 35 assentos, seguido pela Força Popular, de Keiko, com algum número próximo de 24 deputados. A Ação Popular, do candidato derrotado Yohny Lescano, teria 14 congressistas e, por sua vez, a Renovação Popular, do ultradireitista católico Aliaga, deve conseguir 13 assentos.

O Legislativo peruano é unicameral e comporta apenas 130 deputados.

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