A Casa Branca confirmou nesta segunda-feira (06/12) que irá fazer um “boicote diplomático” aos Jogos de Inverno de Pequim 2022, por conta de acusações de supostas “violações dos direitos humanos na China”.
Na prática, os atletas norte-americanos poderão competir normalmente, mas nenhum representante político do país comparecerá ao evento. “A administração Biden não enviará nenhuma representação diplomática ou oficial aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Pequim 2022”, disse a porta-voz Jen Psaki ao comunicar a decisão.
Psaki disse ainda que os atletas do time dos Estados Unidos terão “total apoio” nos jogos. “Estaremos torcendo 100% por eles da nossa casa. Não vamos contribuir para a fanfarra nos Jogos”, declarou.
O boicote estava sendo cogitado há meses, ao menos desde abril, quando um porta-voz do Departamento de Estado revelou que o país estava negociando com importantes aliados sobre maneiras de retaliar a China.
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Boicote estava sendo cogitado há meses pelo governo Biden
Em novembro, o presidente norte-americano, Joe Biden, chegou inclusive a confirmar que uma ação estava sendo discutida sobre o caso.
Na ocasião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, criticou a ameaça de boicote e acusou o país de violar o “espírito olímpico”. “A politização do esporte vai contra o espírito olímpico e prejudica os interesses dos atletas de todos os países”, disse Zhao.
Ele também chegou a afirmar que “se os Estados Unidos insistirem em manter este caminho, a China tomará contramedidas firmes”, ressaltando que rever a postura seria o ideal “para não afetar o diálogo e a cooperação entre a China e os EUA em áreas importantes”.
Para o porta-voz, “os Jogos Olímpicos de Inverno não podem ser palco de uma provocação política”, já que “seria uma mancha no espírito da Carta Olímpica e uma grave ofensa para um bilhão e meio de chineses”.
Os Jogos de Inverno de Pequim serão disputados entre os dias 4 e 22 de fevereiro de 2022.