A Itália realizará neste domingo (19/06) o segundo turno das eleições municipais em 126 cidades do país, incluindo seis capitais de região e 14 capitais de província, a quatro meses do referendo sobre reformas na Itália.
Agência Efe
Se vencer neste domingo, Virginia Raggi, do Movimento 5 Estrelas, se tornará primeira prefeita da capital italiana
Mais de 8,6 milhões de italianos irão às urnas, que ficarão abertas das 7h às 23h (das 02h às 18h no horário de Brasília).
A disputa que chama mais atenção é a de Roma, onde o pleito pode dar uma vitória inédita ao partido M5S (Movimento 5 Estrelas), que tem como bandeira a luta contra a corrupção e é liderado pelo humorista Beppe Grillo.
Virginia Raggi, do M5S, aparece como favorita na capital italiana para vencer Roberto Giachetti, do Partido Democrático, cujo secretário é o primeiro-ministro Matteo Renzi.
Ela foi a vencedora do primeiro turno com 35% contra 25% de seu principal concorrente.
Giachetti é a aposta pessoal Matteo Renzi, que não conseguiu conter o efeito de novidade representado por sua rival.
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Eleições municipais são para Renzi uma tentativa de se fortalecer para o referendo constitucional que será realizado em outubro
Se Raggi vencer, será a primeira mulher prefeita de Roma e dará ao populista M5S o governo da maior cidade do país.
Outra decisão importante ocorre em Milão, segunda metrópole da Itália. Na capital da Lombardia, as pesquisas mostram uma disputa apertada entre o ex-CEO da Expo 2015 Giuseppe Sala, apoiado por Renzi, e o executivo Stefano Parisi, que tem o suporte do líder conservador Silvio Berlusconi.
Diante da iminência de uma vitória do Movimento 5 Estrelas em Roma, um resultado positivo em Milão passa a ser crucial para não enfraquecer o projeto nacional do Partido Democrático e do primeiro-ministro italiano.
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As eleições municipais são para Renzi uma tentativa de se fortalecer para o referendo constitucional que será realizado em outubro. Se a população vetar a reforma que reduz os poderes do Senado, o chefe de governo disse que abandonará a vida pública.
Em Nápoles, o Partido Democrático ficou de fora do segundo turno, e a disputa ocorrerá entre o prefeito Luigi de Magistris (Lista Cívica) e Gianni Lettieri, do conservador FI (Força Itália).
Já a situação da centro-esquerda é mais confortável em Turim e Bolonha, onde os prefeitos Piero Fassino e Virginio Merola são favoritos contra os rivais Chiara Appendino (M5S) e Lucia Borgonzoni (Liga Norte e FI), respectivamente. A outra capital regional em disputa é Trieste, que deve ter uma vitória do conservador Roberto Dipiazza.
(*) Com Ansa