O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, confirmou nesta segunda-feira (28/11) em Viena que as eleições gerais nos territórios palestinos serão realizadas em 4 de maio de 2012. O líder defendeu que, até lá, seja criado um governo de coalizão entre as facções Fatah e Hamas, apesar deste último não reconhecer o Estado de Israel.
Abbas oficializou a data do pleito, que já tinha sido marcado para maio, após um encontro na semana passada entre o partido nacionalista Fatah, dirigido por ele, e o Hamas, que detém o controle da Faixa de Gaza.
O presidente da ANP reconheceu que não pediu nem obteve o reconhecimento dos israelenses por parte do Hamas em seus contatos. “Não há nenhuma garantia de que Israel seja reconhecido”, afirmou Abbas.
No entanto, o presidente da ANP disse desejar esse reconhecimento, e espera que o tema seja discutido nas próximas reuniões entre as duas facções. A primeira delas ocorre em 20 de dezembro. O dirigente palestino também se referiu à disposição do Hamas em aceitar uma Palestina com as fronteiras de 1967.
Abbas declarou que as negociações com o Hamas e o esforço de reconciliação entre as facções palestinas são um “passo importante”, e disse ainda confiar na formação de um governo de união nacional com o Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia e os Estados Unidos.
O líder palestino explicou que almeja um governo de transição composto por tecnocratas e membros independentes que representem a legitimidade palestina, e que não esteja dominado por nenhum dos grupos.
Abbas insistiu que a “negociação é a prioridade absoluta”, e que não há outra opção para solucionar o conflito com Israel.
Apesar disso, insistiu em condenar os novos assentamentos israelenses em território palestino, e lembrou que essa política foi reprovada em várias ocasiões pelas Nações Unidas. “Vai chegar o dia em que Israel será condenado por isso”, disse Abbas.
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