A agência de classificação de risco Standard & Poor's subiu nesta terça-feira (18/12) em seis degraus a qualificação creditícia da Grécia para “B-” com perspectiva estável de “falta de pagamento seletivo”.
Essa qualificação ainda faz parte dos denominados investimentos altamente especulativos, algo comumente conhecido como “bônus lixo”.
“A melhora reflete nossa visão da firme determinação dos Estados europeus da União Econômica e Monetária para preservar a Grécia como membro da zona do euro”, explicou a S&P.
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A agência rebaixou a nota da dívida helena no início do mês até o nível de “falta de pagamento seletivo” depois que Atenas fizesse pública sua oferta de recompra voluntária de seus bônus, operação que foi completada com sucesso.
A S&P já havia assegurado que uma vez que a operação fosse completada com sucesso, com a qual Grécia poderá descontar de sua dívida cerca de 21,1 bilhões de euros, revisaria a nota dos bônus gregos.
“Nossos critérios definem a saída de uma falta de pagamento soberano como a finalização com sucesso de uma oferta de troca ou recompra”, explicou a S&P.
“A perspectiva da qualificação a longo prazo é estável”, devido ao “compromisso do governo com um ajuste fiscal e estrutural”, acrescentou a agência de qualificação.
Mesmo assim, a S&P lembra que a volta aos mercados da dívida grega para 2015, tal como planejam os credores internacionais da troika, não é segura por conta das diversas “incertezas econômicas” existentes.
A S&P também lembra que apesar da troca de bônus, a dívida da Grécia acabará 2012 acima de 160% de seu PIB.
A operação de recompra dos bônus foi emoldurada dentro do plano para reduzir a dívida pública helena, que se situa agora em 175% do PIB e deve ser de até 124% do PIB em 2020, uma condição imposta pelo grupo do euro para desembolsar um lance de 34,4 bilhões de euros do plano de resgate.