“Eles [os refugiados] poderão passar pela Croácia e nós vamos ajudar. Estamos preparados para receber ou direcionar essas pessoas, independentemente da sua religião e da cor da pele, e reenchaminhá-las para onde quiserem ir, que é obviamente a Alemanha e a Escandinávia”, disse o primeiro-ministro croata Zoran Milanovic, em discurso ao parlamento.
Além disso, Milanovic descartou a possibilidade de construir uma cerca na fronteira. “Arame farpado no século XXI não é uma resposta, é uma ameaça”, esclareceu, em tom crítico a Budapeste.
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Desde ontem, o governo húngaro colocou em prática uma lei que criminaliza a entrada no país de pessoas sem documentação. Nesta manhã, a polícia, orientada a aplicar força nos que desobedecessem a lei pelo premiê húngaro, Viktor Orban, utilizou gás lacrimogêneo e canhões de água para reprimir pessoas que atiravam pedras e garrafas no posto fronteirço de Röszke.
O desvio da rota migratória significa que os refugiados terão que passar também pela Eslovênia, que faz divisa com a Croácia, para conseguir chegar à Áustria. A fronteira croata-sérvia se encontra a cerca de 330 quilômetros da fronteira croata-eslovena, de onde são outros 180 quilômetros até o território austríaco.
Ao menos 6.000 policiais já foram enviados para o local, número que pode aumentar caso o governo croata julgue necessário. O país afirma que está preparado para receber cerca de 3.000 refugiados em vários centros de acolhida que estão sendo providenciados nos últimos dias.