A morte de J. Christopher Stevens, embaixador dos Estados Unidos na Líbia, colocou a política externa norte-americana no centro da eleição presidencial do país. Deixado de lado até o momento pelo democrata Barack Obama e pelo republicano Mitt Romney, o tema apareceu com força nas declarações dos dois candidatos nesta quarta-feira (12/09).
A troca de farpas entre as duas campanhas começou com críticas de Romney à reação da Casa Branca aos ataques sofridos por representações do país não só na Líbia, com outros três mortos além de Stevens, mas também no Egito. O estopim para os protestos foi a divulgação de um vídeo considerado ofensivo por milhares de religiosos.
Agência Efe
Candidato republicano critica Obama durante ato de campanha para a eleição presidencial
“Foi vergonhoso. Eles claramente enviaram mensagens confusas ao mundo”, afirmou o republicano, acrescentando que o direito constitucional de liberdade religiosa e de expressão havia sido interpretado erroneamente pelo presidente.
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Em poucos minutos, a equipe de campanha democrata lamentou a politização das mortes. Algumas horas depois, foi a vez do próprio Obama atacar o adversário.
“Como presidente, uma das coisas que aprendi é que não se pode atirar antes de apontar e Romney parece ter uma tendência a fazer isso. Como já se sabe, é importante garantir que as declarações sejam respaldadas pelos fatos”, afirmou o presidente à emissora CBS.
Questionado se as declarações do republicano poderiam ser classificadas como irresponsáveis, Obama fez uma referência à eleição de 6 de novembro ao dizer que “o povo norte-americano é quem deve julgar isso”.
Agência Efe
Antes de ser criticado, o presidente já havia feito uma declaração sobre a Líbia, acompanhado por Hillary Clinton
A importância do episódio foi tamanha que o jornal The New York Times analisou o caso como um “teste para Romney responder de forma rápida a um acontecimento internacional”. Dependendo da reação e do interesse do eleitorado norte-americano, os candidatos podem voltar a discutir temas de política externa ou retomar a pauta focada na economia e no desemprego.