A Austrália imporá novas sanções contra o Irã em resposta ao descumprimento das resoluções do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) com relação a seu programa nuclear, anunciou nesta terça-feira (06/12) o ministro das Relações Exteriores australiano, Kevin Rudd.
As sanções adicionais serão voltadas “contra indivíduos e entidades implicados nos programas nucleares e de mísseis”, e a Austrália ainda “restringirá o comércio com os setores financeiros e petroleiros do Irã”, disse Rudd em comunicado.
O Conselho de Segurança da ONU exige desde 2006 que o Irã suspenda seu programa de enriquecimento de urânio e permita o acesso livre e sem prévio aviso dos inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Rudd, que se encontra na Europa como parte de uma viagem oficial, também exortou o Irã a adotar os passos necessários exigidos pelo Conselho de Segurança e a AIEA e a “comprometer-se construtivamente com a comunidade internacional com relação a seu programa nuclear”.
As novas sanções australianas acontecem depois que o último relatório da AIEA acusou o Irã de ter trabalhado na tecnologia necessária para fabricar armas nucleares e após os ataques em Teerã contra a embaixada britânica.
Com as novas sanções, a Austrália, cujo Governo afirma estar comprometido a buscar uma solução negociada com o Irã, segue os passos de Estados Unidos, União Europeia e outros países que recentemente adotaram medidas contra o programa nuclear de Teerã.
O Irã, por sua vez, nega taxativamente que seu programa nuclear tenha fins armamentistas e assegura que é exclusivamente civil e para uso pacífico, como a geração de energia elétrica e a produção de isótopos para a luta contra o câncer.
Mais sanções
Na última quinta-feira (1º/12), a Europa anunciou que acrescentaria 180 entidades e oficiais à lista de sancionados, também por conta do programa nuclear iraniano.
As empresas e entidades terão seus ativos na Europa congelados e os indivíduos ficarão proibidos de entrar na União Europeia.
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