Durante a 40ª Assembleia da OEA (Organização dos Estados Americanos), os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Chile, Sebastian Piñera, devem se reunir para tentar solucionar impasses bilaterais históricos, informou a ABI (Agência Boliviana de Informação).
Uma saída para o mar para a Bolívia, por exemplo, é um dos 105 temas tratados na reunião anual que começa neste domingo (6/6)e reúne chanceleres dos 33 países membros da OEA.
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Morales disse estar otimista em relação às negociações e diante da possibilidade de a Bolívia voltar a ter acesso ao mar, segundo a ABI.
Apesar de não ter relações diplomáticas, Bolívia e Chile têm uma boa relação econômica. Por isso, as autoridades dos dois países se viram obrigadas a encontrar soluções para os problemas políticos.
Histórico diplomático
Em 1879, a Bolívia perdeu seu acesso ao Pacífico para o Chile durante a Guerra do Pacífico. Desde então, La Paz pede para ter uma saída para o mar, alegando que este é um dos problemas que dificulta o seu desenvolvimento.
Wikipedia
A região antes e depois da Guerra do Pacífico
Em 1975, os governos de La Paz e Santiago, chefiados pelo general Hugo Banzer Suárez e Augusto Pinochet, respectivamente, retomaram as relações diplomáticas para resolver o impasse. Três anos depois, as relações foram rompidas novamente devido ao fracasso das negociações.
Em novembro de 1979, a OEA aprovou uma resolução durante uma reunião realizada em La Paz, determinando que os dois governos resolvessem de forma pacífica o problema, considerado um potencial conflito para a região.
Em julho de 2006 – primeiro ano do governo Morales, quando o Chile estava sob administração da ex-presidente Michelet Bachelet – La Paz e Santiago iniciaram uma agenda de aproximação com 13 pontos.
Além da aproximação entre Chile e Bolívia, estão na pauta da Assembleia assuntos como reconstrução do Haiti, situação política de Honduras, a disputa entre Argentina e Reino Unidos pelas Malvinas.
A OEA é formada por todos os países do continente, exceto Cuba, que foi excluída em 1962. Em julho de 2009, a entidade também anunciou a suspensão de Honduras, como consequência do golpe de Estado de 28 de junho, que tirou do poder o presidente constitucional, Manuel Zelaya.
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