O recém-eleito premiê canadense, Justin Trudeau, anunciou nesta segunda-feira (08/02) que o Canadá deve encerrar seus bombardeios aéreos no Iraque, que visam combater o Estado Islâmico (EI), até o dia 22 de fevereiro.
Seis caças retornarão ao país, mas duas aeronaves de monitoramento permanecerão no Iraque. A medida foi acordada com os outros países que fazem parte da coalizão liderada pelos EUA que combate o grupo extremista na região.
Elsa Blaine/FlickrCC
Caças CF-18 canadenses que atuam no Iraque serão retirados em até duas semanas
“É importante entender que enquanto operações de ataques aéreos podem ser muito úteis para alcançar ganhos territoriais e militares de curto prazo, eles não alcançam estabilidade a longo prazo para as comunidades locais”, argumentou o primeiro-ministro.
NULL
NULL
“As forças armadas canadenses destinarão agora mais recursos para capacitar as Forças de Segurança iraquianas. Apoiaremos as forças locais para que combatam diretamente o EI para que, quilômetro por quilômetro, recuperem suas residências, sua terra e seu futuro”, acrescentou.
Em seu discurso em Ottawa, Trudeau ainda afirmou que aumentará o número de assessores militares no país do Oriente Médio e destinará mais de US$ 610 milhões (cerca de R$ 2,37 bi) em ajuda humanitária à região.
De acordo com o primeiro-ministro, o novo plano permitirá ao Canadá “ser mais efetivo” na luta contra o grupo extremista. A medida é uma das promessas feitas por Trudeau durante sua campanha para as eleições gerais, realizadas em outubro do ano passado. A decisão foi criticada pelos grupos mais conservadores do Canadá.