O número de residentes nos assentamentos judaicos na Cisjordânia passou de 300 mil, segundo um relatório da Administração Civil, dependente do Exército israelense e que foi reportado hoje (27) pelo jornal Ha'aretz. A notícia veio no mesmo dia da visita do enviado norte-americano para o Oriente Médio, George Mitchell, a Jerusalém, onde diversas manifestações de judeus ortodoxos aconteceram.
O documento, que abrange o número de israelenses que vivem no território ocupado da Cisjordânia no primeiro semestre de 2009, explica que são 304.569 os moradores registrados neste período, o que representa um aumento de 2,33% desde janeiro.
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O maior aumento ocorreu nas comunidades religiosas judaicas, incluindo colônias de população ultra-ortodoxa, onde a taxa de crescimento se situou em torno de 1,75%.
O relatório do Exército israelense reflete que foram registradas restrições por parte do governo à construção nos assentamentos e aponta que a taxa de crescimento nas colônias com alta demanda foi relativamente baixa.
No entanto, o Executivo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, rejeita paralisar completamente a construção nos assentamentos judaicos, incluindo em Jerusalém Oriental, apesar dos apelos da comunidade internacional e em particular dos Estados Unidos.
A ANP (Autoridade Nacional Palestina) condiciona o reatamento do processo de paz com Israel -paralisado desde o começo do ano – a que o país detenha as atividades nas colônias judias.
O relatório também informa um aumento de 4,4% – 425 pessoas – de colonos que vivem fora do perímetro municipal dos assentamentos, mas os dados em poder da Administração Civil não incluem os moradores que estão em enclaves considerados ilegais pelas autoridades israelenses.
Em Israel são considerados ilegais todos os assentamentos, a maioria rudimentares, construídos sem a autorização do governo após março de 2001.
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