Representantes da empresa LAM (Linhas Aéreas de Moçambique) afirmaram nesta segunda-feira (23/12) que ficaram chocados e “profundamente preocupados” com a tese de suicídio do comandante do voo TM470, que provocou 33 mortes no dia 29 de novembro. “A LAM manifesta profunda preocupação quanto ao conteúdo da declaração divulgada pelas autoridades de investigação em relação ao inquérito em curso, alusivo à perda do voo TM470”, diz um comunicado da companhia moçambicana divulgado pela Agência Lusa.
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No último sábado (21), o presidente do Conselho de Administração do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, João Abreu, revelou que o comandante do voo, Hermínio dos Santos Fernandes, teve “a clara intenção” de derrubar o aparelho Embraer 190.
A hipótese da existência de algum problema mecânico ou técnico com o avião produzido no Brasil já havia sido anteriormente afastada. Segundo João Abreu, as escutas feitas na caixa-preta – que registra as comunicações do voo – permitiram perceber que, no momento da queda, o comandante, considerado experimente com mais de 9 mil horas de voo, estaria sozinho no interior da cabine de comando da aeronave.
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De acordo com informações da Agência Brasil, além dos sons dos diversos alarmes acionados automaticamente pelo avião, o responsável disse que se “ouvem insistentes batidas na porta da cabine, batidas essas” que teriam “sido ignoradas” por Hermínio Fernandes. “A LAM vai solicitar o relatório detalhado que evidencia e prova os fatos e as conclusões preliminares da referida declaração e continuará a cooperar inteiramente com as autoridades de investigação”, diz a companhia moçambicana no comunicado.
Incidente em Johanesburgo
Um avião da British Airways que transportava 202 pessoas e se preparava para decolar do aeroporto OR Tambo, em Johanesburgo, bateu com uma das asas em um pequeno edifício nesta segunda. Segundo as autoridades aeroportuárias do país, o acidente deixou quatro feridos no prédio.
O Boeing 747-400, com destino ao Aeroporto de Heathrow, em Londres, estava numa pista muito estreita para sua envergadura depois de um engano dos pilotos sobre o caminho a seguir, explicou hoje (23) Phindiwe Gwebu, porta-voz da Autoridade da Aviação Civil da África do Sul.
Não há relatos de feridos entre os 185 passageiros e 17 tripulantes do avião. Uma fotografia tirada por um passageiro mostra parte da asa da aeronave presa no edifício.
(*) Com informações da Agência Lusa e Agência Brasil