A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegou hoje (14) a Doha, Qatar, etapa prévia de uma visita à Arábia Saudita, dentro de um giro regional em busca de apoio para reforçar as sanções contra o Irã e sua política nuclear, disseram autoridades norte-americanas à Reuters. Hillary espera que os sauditas garantam petróleo para a China, parceira comercial do Irã – exportador do combustível – e um dos cinco países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
EFE
Hillary, na foto com o Sheikh Hamad bin Jassim bin Jaber al-Thani, do Qatar, também espera conquistar maior apoio
árabe para reavivar as conversas de paz entre palestinos e Israel, congeladas há mais de um ano.
Os Estados Unidos lideram uma iniciativa para que o Conselho de Segurança imponha uma quarta rodada de sanções ao Irã, que alega que seu programa nuclear busca a geração de energia elétrica para exportar mais gás e petróleo.Na semana passada o Irã anunciou o enriquecimento de urânio de 20%, insuficiente para a fabricação de armas e bombas.
As autoridades norte-americanas insinuaram que a Arábia Saudita pode ajudar diplomaticamente oferecendo à China garantias de que pode atender suas necessidades de petróleo, uma medida que poderia alterar a posição de Pequim, que é a de buscar o diálogo com Teerã, compartilhada pelo Brasil. A China, que tem poder de veto no Conselho de Segurança, tem relações comerciais lucrativas com Teerã e, assim como a Rússia, atuou para diluir as sanções anteriores.
“Acreditamos que todos os países têm um papel a desempenhar para deixar a questão clara para o Irã”, disse aos repórteres o secretário-adjunto de Estado dos EUA, Jeffrey Feltman, afirmando que a Arábia Saudita e a China recentemente reforçaram seus contatos diplomáticos e comerciais. “Contamos que os sauditas usem essas visitas e essas relações de maneira a ajudar a aumentar a pressão que o Irã sentiria”, acrescentou.
Outras autoridades dos EUA, falando sob condição de anonimato à Reuters, disseram acreditar que a Arábia Saudita sinalizou à China no tocante à garantia de fornecimento de combustível, mas não deram mais detalhes.
Palestina
Hillary planeja discutir como os Estados árabes podem dar apoio político ao presidente palestino, Mahmoud Abbas, para ajudá-lo a retomar as conversas de paz apesar da ausência de um congelamento nos assentamentos judeus nos territórios ocupados por Israel.
“O que gostaríamos de ver agora é os Estados árabes fornecendo o apoio que o presidente Abbas sente precisar para entrar em negociações”, disse ela. “Vamos parar de falar em negociações, vamos fazê-las andar de verdade.”
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