Grandes empresários paraguaios disseram na terça-feira (17/07) estar muito contentes com os recentes acontecimentos no país, especialmente com o golpe parlamentar que destituiu o presidente Fernando Lugo e com a suspensão do Paraguai do Mercosul.
Essas foram declarações de Eduardo Felippo, presidente da UIP (União Industrial Paraguaia), que reúne parte dos empresários mais ricos do país. Eles consideram que seus interesses econômicos serão beneficiados com o atual governo.
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Entrevistado por uma emissora de rádio, Felippo disse que os representantes da UIP responderiam desta forma ao se reunir com a delegação do Parlamento Europeu, que se encontrava em Assunção em busca de informações para uma posterior tomada de posição sobre a situação do Paraguai.
“Diremos a eles que estamos muito contentes com tudo o que aconteceu em nosso país”, afirmou o empresário.
Felippo, acusado por seus opositores de uma suposta obtenção de benefícios milionárias como consultor de empresas binacionais, entre elas a hidroeléctrica Yaciretá, durante a ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989), ofereceu seu apoio total ao governo de Federico Franco.
“Somos uma ilha ideológica”, afirmou o empresário, referindo-se à sanção do Mercosul, bloco do qual considera que o Paraguai deve se separar definitivamente, posição também defendida por economistas e políticos dos Estados Unidos.
Em compensação, nas suas declarações sobre esse tema, manifestou que para os demais países membros “não vai ser tão fácil nos cortar os rios ou nos impedir de passar por suas estradas”.