Em comunicado, o Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano) informou que os prisioneiros Saad Muhammad Husayn Qahtani, de 35 anos, e Hamood Abdulla Hamood, de 48 anos, foram transferidos para a Arábia Saudita, reduzindo a população carcerária da prisão militar de Guantánamo, que fica no leste de Cuba, para 160. Em 5 de dezembro, o governo norte-americano já havia repatriado dois argelinos presos no local por mais de uma década.
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Na nota, o Pentágono agradece o governo da Arábia Saudita pela “cooperação” e a vontade de “ajudar os EUA nos esforços para fechar a prisão de Guantánamo”. Segundo o governo norte-americano, as transferências foram coordenadas junto à Arábia Saudita para que fossem feitas de “maneira apropriada”, respeitando os “direitos humanos dos presos”.
Desde que foram presos, em 2002, por suspeita de serem membros da Al-Qaeda, Saad e Hamood não foram acusados por nenhum crime.
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Durante sua primeira campanha presidencial, em 2008, o presidente norte-americano, Barack Obama, prometeu fechar a prisão, alegando que o complexo causa danos à reputação dos EUA no mundo. Porém, após 5 anos de mandato, Obama tem dificuldades para agilizar o processo por conta da resistência do Congresso norte-americano.
Wikicommons
Prisioneiros rezam na prisão de Guantánamo, em 2008. Atualmente, 160 pessoas permanecem no complexo carcerário
Uma das maiores dificuldades para conseguir o fechamento são os cerca de 48 detidos que não podem ser libertados, pois representam sério perigo para a segurança nacional. Eles também não podem ser julgados porque não existem provas suficientes ou porque as evidências foram conseguidas mediante sessões de tortura.
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Na semana passada, dirigentes dos comitês das Forças Armadas e de ambas as câmaras do Congresso dos Estados Unidos anunciaram um pré-acordo para facilitar as condições de repatriamento ou mudanças dos presos para outros países. O acordo mantém a proibição da transferência de detidos para que sejam julgados em território americano e da construção de novas instalações para alojá-los e ainda está sendo debatidos pelas autoridades.
Recentemente, secretário de Defesa norte-americano, Chuck Hagel, estimou que cada preso de Guantánamo custará US$ 2,7 milhões ao país neste ano, enquanto um réu em uma prisão federal de segurança máxima custa US$ 34 mil.
(*) com a Agência Efe