As autoridades egípcias proibiram nesta quinta-feira (26/12) a distribuição do jornal “Liberdade e Justiça”, do braço político da Irmandade Muçulmana, depois que o movimento foi declarado “organização terrorista”.
Segundo um comunicado do Ministério do Interior, o periódico, fundado em novembro de 2011, fala em nome da Irmandade, apesar de ter sido criado após a formação do Partido Liberdade e Justiça. A polícia confiscou vários números da edição de hoje.
Agência Efe
Membros da Irmandade Muçulmana após reunião do grupo, em 2011
NULL
NULL
O governo egípcio classificou ontem como “grupo terrorista” a Irmandade Muçulmana, após acusá-la de um atentado contra uma sede policial em Mansura (a 130 km ao norte do Cairo), que deixou 16 mortos e 130 feridos. Ela negou a ser a autora do ataque.
Todas as atividades do grupo, incluindo marchas e protestos, estão banidas e serão impedidas pelas forças de segurança egípcias. Quem faz parte da Irmandade Muçulmana — movimento do presidente deposto Mohammed Mursi —, financia ou promove ações do grupo será afetado pela declaração, disse o vice-primeiro-ministro, Hosam Issa.
Desde que Mursi foi deposto pelo exército, no início de julho, a Irmandade Muçulmana tem organizado protestos quase que diariamente em diversos pontos do Egito. Autoridades culpam sistematicamente o grupo pela onda de violência que atinge o país. A Irmandade Muçulmana nega envolvimento.