A Grécia vive nesta quinta-feira (20/10) mais um dia de tensão. Em greve geral desde ontem, o país acompanhará o segundo turno da votação no Parlamento grego do pacote de austeridade definido pelo governo. As medidas foram recebidas com restrições pela população e a oposição, mas devem ser aprovadas, seguindo a tendência do que houve no primeiro turno – quando dos 295 parlamentares presentes, 154 aprovaram as propostas e 145 as rejeitaram.
O pacote determina o fim dos contratos coletivos, o aumento de impostos e tarifas públicas e abre a possibilidade de demissão de 30 mil funcionários públicos até dezembro. Em protesto, várias categorias profissionais, inclusive de jornalistas, estão paralisadas.
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As medidas, que serão votadas em segundo turno pelo Parlamento grego, integram uma série de exigências feitas pela União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional). A comunidade internacional cobra da Grécia reações para reduzir o déficit público – que ultrapassa em três vezes o valor permitido pela União Europeia – e para diminuir a dívida pública calculada em 350 bilhões de euros.
A União Europeia e o FMI avisaram que o governo da Grécia tem de promover reformas estruturais, uma das exigências para a autorização do uso do fundo europeu de 110 bilhões de euros – que representa a principal forma de financiamento do Estado grego.
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Ontem, o clima entre os manifestantes nas ruas de Atenas foi tenso. Eles usaram coquetéis molotov e pedras nos confrontos com os policiais. De acordo com as autoridades, foi um dos maiores protestos registrados no país. Os sindicatos argumentam que as medidas em votação no Parlamento intensificarão ainda mais a crise econômica e a crise da dívida.
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
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