Atualizada às 14h20
Após receber € 7,16 bilhões de um financiamento urgente da Comissão Europeia nesta segunda-feira (20/07), a Grécia realizou o pagamento de € 1,5 bilhão ao FMI (Fundo Monetário Internacional) que deveria ter depositado em 30 de junho, saindo da condição de calote. Atenas também pagou uma parcela de € 4, 2 bilhões ao BCE (Banco Central Europeu).
EFE/arquivo
Foto de 29 de junho, quando governo anunciou controle de capitais; situação não é muito diferente hoje
Fechados desde 29 de junho, os bancos do país voltaram a funcionar nesta segunda-feira (20/07), gerando filas de clientes em agências. Apesar da reabertura, o governo grego manteve o controle de capitais, com limite de saques em € 420 por semana.
Os cidadãos podem comparecer às instituições financeiras para, por exemplo, depositar cheques. Contudo, os gregos ainda não podem, entre outras tarefas, ter acesso a cofres e a sacar dinheiro sem cartão e as operações para o exterior permanecem restritas.
Além das filas, também houve confusão em supermercados, já que a partir de hoje passa a valer um aumento de impostos em alimentos, restaurantes e transporte.
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“As coisas estão melhores do que nas últimas semanas. Graças a Deus não voltamos ao dracma”, disse a pensionista de 62 anos Maria Papadopoulou. “Vim para pagar as contas e meus impostos hoje. Na semana passada não consegui e tudo isso é muito cansativo para os mais velhos como eu”, completou, em entrevista a Reuters.
Resgate urgente
Com o dinheiro recebido pela Comissão Europeia nesta manhã, Atenas vai destiná-lo para honrar dívidas com instituições credoras. A reabertura dos bancos só foi possível após a decisão do BCE que decidiu aumentar, na última semana, para 900 milhões de euros a liquidez aos bancos gregos.