O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (23/11) que o seu país e o Irã são “autênticos amigos com laços estáveis”. A declaração foi dada durante um encontro com o líder supremo do país persa, aiatolá Ali Khamenei, durante a III Cúpula do Fórum de Países Exportadores de Gás, que teve início hoje em Teerã.
Na reunião bilateral, Khamenei e Maduro destacaram a aliança entre os dois países para combater a “arrogância e o imperialismo” dos Estados Unidos. Ambos concordaram que a “resistência” é o único caminho que ambos têm para progredir.
EFE
Maduro (à esq.) e Khamenei (à dir.) se encontraram na capital iraniana
“Os países imperialistas buscam destruir a independências dos outros, gerando conflitos sociais e buscando sua humilhação”, comentou o mandatário venezuelano, acrescentando que os conselhos dados pelo líder supremo iraniano tiveram “muita influência” sobre ele.
“Hoje em dia, as políticas globais da arrogância caíram sobre a humanidade como uma praga. O único caminho para o progresso e a vitória dos países independentes é a resistência e confiar nas massas populares nesta guerra de vontades”, completou o líder iraniano.
Além disso, Khamenei também disse que o objetivo dos EUA é “destruir a resistência inspiradora do governo e o povo venezuelano”. Nesse sentido, ele afirmou que Teerã “com sua perseverança” e o “uso das abundantes capacidades do país” deve enfrentar esse conflito com sucesso.
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Segundo a agência oficial iraniana Irna, Khamenei — figura máxima política e religiosa do país — elogiou a postura do governo venezuelano para se libertar da pressão norte-americana e transformar a América Latina em um lugar “independente e com sua própria identidade”.
Nesta manhã, Maduro também manteve uma reunião com o presidente iraniano, Hassan Rohani. Eles destacaram que ambos os países estão preparados para desenvolver laços multilaterais, particularmente no campo do petróleo e em outras atividades econômicas.
Além do mandatário venezuelano, a capital iraniana receberá outros líderes mundiais, como o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, para debater políticas e questões econômicas referentes à exportação de gás.
O Fórum é composto por 12 países membros e sete observadores. Rússia, Irã, Catar, Argélia, Bolívia, Egito, Guiné Equatorial, Líbia, Nigéria, Trinidad e Tobago, Venezuela e Emirados Árabes. Entre os observadores, há nações como Holanda, Iraque, Peru e Noruega.
(*) Com Agência Efe