A Irmandade Muçulmana se reunirá neste domingo (6/2) pela primeira vez com o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, junto com outros representantes da oposição, informou à agência Efe um porta-voz dessa organização islâmica.
O porta-voz, Issal al-Arian, confirmou que a reunião acontece às 11h (horário local, 7h de Brasília) e disse que o grupo tinha aceitado participar desse diálogo para conhecer as posturas das autoridades “sobre as exigências do povo”.
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Arian disse que a Irmandade mantêm suas exigências iniciais, que incluem a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1981.
O líder máximo da organização, Mohammed Badie, antecipou no sábado em comunicado que a Irmandade Muçulmana está aberta a um diálogo “com a condição de que seja genuíno e busque os melhores interesses do país”.
Também assinalou que essas conversas “devem corresponder com a vontade das massas”, em alusão à revolta popular que explodiu no dia 25 de janeiro e que quer a renúncia de Mubarak.
A Irmandade Muçulmana é um grupo não legalizado, mas tolerado pelo regime egípcio.
Na Câmara Baixa do Parlamento anterior conservavam um quinto das cadeiras, mas no pleito legislativo de novembro e dezembro do ano passado decidiram se retirar do segundo turno após denunciar atos de fraude na votação.
Esta será a primeira vez durante o regime de Mubarak em que representantes das autoridades se reúnem de maneira pública com dirigentes da Irmandade, a força política da oposição melhor organizada no Egito.
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