O governo do Japão admitiu que estava despreparado para enfrentar o grave acidente nuclear na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, na região nordeste do país, ocorrido após o terremoto seguido de tsunami, em 11 de março. A conclusão está em um relatório parcial que foi divulgado nesta terça-feira (07/06) pelo governo japonês.
As autoridades japonesas reconheceram que um trabalho de vistoria malfeito pode ter contribuído para a maior crise nuclear mundial já enfrentada desde o acidente de Chernobyl, na atual Ucrânia, há 25 anos.
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O relatório mostra que as autoridades do país dobraram a estimativa de radiação gerada pela usina de Fukushima uma semana depois do tremor e tsunami.
No documento, de 750 páginas, as autoridades japonesas afirmam que, “tendo em vista as lições aprendidas com o acidente, o Japão reconhece que uma revisão fundamental de suas medidas de segurança e resposta diante de um acidente nuclear é inevitável''.
O documento, que será enviado à Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica), recomenda ainda que o Japão promova um debate nacional a respeito da energia nuclear no país e que o órgão regulador nuclear do Japão, que tem recebido fortes críticas, ganhe maior independência.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse que ser transparente a respeito do que se passou em Fukushima é fundamental para resgatar a confiança dos japoneses no próprio país.
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