O governo do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, entrou nesta quarta-feira (11/11) com uma representação no Tribunal Constitucional, a principal corte do país, contra a resolução aprovada no Parlamento catalão na última segunda-feira (09/11) que prevê a independência da Catalunha em 18 meses.
EFE
Primeiro-ministro Mariano Rajoy convocou o Conselho de Ministros e fez um pronunciamento ao país nesta quarta-feira (11/11)
O texto, apresentado pela advogada-geral do Estado, Marta Silva de Lapuerta, pede o afastamento de 21 pessoas que têm cargos de destaque na Catalunha. A lista inclui o atual presidente catalão, Artur Mas, e a presidente do Parlamento local, Carmen Forcadell.
No recurso, o governo solicita que seja afastado um eventual novo presidente da Generalitat (nome dado ao governo da Catalunha). Artur Mas tem encontrado dificuldades para se reeleger ao cargo depois das últimas eleições em setembro, na qual a coligação pró-independência Junts pel Sí se sagrou vitoriosa.
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O governo espanhol pede que o Tribunal “imponha” a Forcadell e aos demais membros da mesa do Parlamento catalão “a proibição expressa de admitir o trâmite” do processo de independência da comunidade autônoma.
Em pronunciamento, Rajoy voltou a declarar que a resolução catalã é inconstitucional. Ele afirmou que os independentistas catalães “pretendem acabar com a democracia e o Estado de direito e nós não permitiremos”.
“A resolução do Parlamento da Catalunha pretende nos devolver à arbitrariedade do poder e retroceder a outros tempos que a Espanha constitucional deixou para trás definitivamente”, disse o primeiro-ministro.