Milhares de pessoas reuniram neste domingo (29/04) em diversas cidades da Espanha para protestar contra as medidas de austeridade implementadas pelo governo para economizar 10 bilhões de euros nos setores de saúde e educação.
Em Madri, as organizações sociais que convocaram a manifestação exigiram “outras maneiras para sair da crise”. A Espanha atravessa um colapso econômico, marcado por uma taxa recorde de desemprego que ultrapassa a marca dos 24% da população economicamente ativa.
O governo de Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular), aprovou um austero orçamento para 2012, ano em que o déficit público chegará a 5,3% do PIB (produto interno bruto). Em 2013, a intenção é reduzi-lo para 3%, como exige o pacto fiscal da União Europeia.
O secretário-geral da CCOO (Comissões Operárias), Ignacio Fernández Toxo, classificou de “missão impossível” o objetivo de déficit estabelecido pelo Governo para 2013 e disse que as medidas irão prejudicar questões sociais.
O líder da coalizão IU (Esquerda Unida na sigla em espanhol), Cayo Lara, que participou do protesto em Madri, disse que o PP roubou o direito constitucional à saúde e à educação e transformou os serviços sociais num negócio.
O chefe de governo, Mariano Rajoy, assegurou que as reformas são imprescindíveis para “reescrever a história” da prosperidade do país.
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