Milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (07/12) na Ucrânia para protestar contra a decisão do governo de interromper as negociações para o ingresso do país na União Europeia. A concentração aconteceu na praça da Independência, no centro de Kiev, onde, diz a polícia, estavam 10 mil pessoas.
Com a mobilização, a oposição subiu o tom e, de acordo com a agência de notícias russa RT, passou a fazer três exigências para começar a negociar: a libertação dos “prisioneiros políticos” detidos na praça da Independência, a punição aos responsáveis pela dispersão violenta dos protestos e a demissão do governo.
Reprodução/RT
Concentração dos manifestantes aconteceu no centro de Kiev, capital da Ucrânia
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Na sexta (06), o presidente do país, Viktor Yanukovich, se reuniu com o russo Vladmir Putin em Moscou. A Rússia ameaçou introduzir medidas protecionistas no caso de Kiev se associar com os 28 países em 29 de novembro na Cúpula de Vilnius da Associação Oriental entre a UE e vários países ex-soviéticos.
Yanukovich, que viajou na terça-feira (03) para a China buscando o apoio de Pequim dada a fraca situação econômica da Ucrânia procurou o respaldo diplomático do Kremlin no meio da crise política de seu país. A viagem causou mal estar entre os ucranianos, pelo fato de ter acontecido durante os protestos.
“Tenho certeza de que qualquer paz, inclusive má, é melhor que qualquer boa guerra”, afirmou Yanukovich, criticando também o uso desproporcional da força dos soldados antidistúrbios contra os manifestantes.
(*) Com Efe e RT