Quinta-feira, 12 de junho de 2025
APOIE
Menu


A Justiça turca emitiu nesta quinta-feira (05/01) as primeiras sentenças ligadas à tentativa frustrada de golpe de Estado realizada em 15 de julho de 2016. Dois ex-militares, o coronel Murat Kocak e o major Murat Yilmaz, foram sentenciados à prisão perpétua qualificada por um tribunal em Erzurum, no leste da Turquia, após terem sido condenados por “tentativa de derrubar a ordem constitucional e o governo”.

Os réus, que estavam a serviço em Erzurum no dia do golpe, alegaram inocência. De acordo com a lei turca, Kocak e Yilmaz terão de cumprir ao menos 30 anos para poderem solicitar liberdade condicional.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

Também nesta quinta, foram emitidos 380 mandados de prisão contra empresários acusados de ligação com o clérigo e magnata turco Fethullah Gülen, ex-aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan responsabilizado pela tentativa de golpe. Exilado nos Estados Unidos, o líder do movimento social-religioso Hizmet negou as acusações, afirmando que “se me acusam de algo, deveriam provar”.

Agência Efe

Tentativa de golpe ocorreu em julho de 2016

Coronel Murat Kocak e major Murat Yilmaz, que alegam inocência, foram condenados à prisão perpétua por 'tentativa de derrubar ordem constitucional'; eles deverão cumprir ao menos 30 anos de prisão, segundo lei turca

NULL

NULL

Na noite de 15 de julho, um grupo de soldados turcos assumiu o controle de várias instituições em Istambul e Ancara, porém acabaram repelidos em algumas horas, com o golpe sendo declarado encerrado na manhã do dia seguinte. Segundo a agência de notícias local Anadolu, a tentativa resultou na morte de 248 pessoas e cerca de 2.200 feridos.

Desde a tentativa de derrubada de Erdogan, cerca de 40.000 pessoas foram presas no país e mais de 100.000 pessoas, entre militares, policiais, funcionários públicos e do setor privado, foram suspensas ou demitidas.