A Justiça turca emitiu nesta quinta-feira (05/01) as primeiras sentenças ligadas à tentativa frustrada de golpe de Estado realizada em 15 de julho de 2016. Dois ex-militares, o coronel Murat Kocak e o major Murat Yilmaz, foram sentenciados à prisão perpétua qualificada por um tribunal em Erzurum, no leste da Turquia, após terem sido condenados por “tentativa de derrubar a ordem constitucional e o governo”.
Os réus, que estavam a serviço em Erzurum no dia do golpe, alegaram inocência. De acordo com a lei turca, Kocak e Yilmaz terão de cumprir ao menos 30 anos para poderem solicitar liberdade condicional.
Também nesta quinta, foram emitidos 380 mandados de prisão contra empresários acusados de ligação com o clérigo e magnata turco Fethullah Gülen, ex-aliado do presidente Recep Tayyip Erdogan responsabilizado pela tentativa de golpe. Exilado nos Estados Unidos, o líder do movimento social-religioso Hizmet negou as acusações, afirmando que “se me acusam de algo, deveriam provar”.
Agência Efe
Tentativa de golpe ocorreu em julho de 2016
NULL
NULL
Na noite de 15 de julho, um grupo de soldados turcos assumiu o controle de várias instituições em Istambul e Ancara, porém acabaram repelidos em algumas horas, com o golpe sendo declarado encerrado na manhã do dia seguinte. Segundo a agência de notícias local Anadolu, a tentativa resultou na morte de 248 pessoas e cerca de 2.200 feridos.
Desde a tentativa de derrubada de Erdogan, cerca de 40.000 pessoas foram presas no país e mais de 100.000 pessoas, entre militares, policiais, funcionários públicos e do setor privado, foram suspensas ou demitidas.