Um ministro paquistanês ofereceu neste sábado (22/09) uma recompensa de US$ 100 mil (cerca de R$ 202,5 mil) pela morte do cineasta responsável pelo filme Inocência de Muçulmanos, estopim de uma onda de protestos em diversos países por ser considerado ofensivo ao profeta Maomé.
O ministro de Ferrovias do país, Ghulam Ahmed Bilour, disse que pagará a recompensa de seu próprio bolso. “Eu vou pagar US$ 100 mil a quem matar o realizador desse vídeo”, disse o ministro. “Se alguém fizer outro material blasfemo parecido no futuro, eu também vou pagar US$ 100 mil para seus assassinos.”
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O ministro também convidou membros do Talebã e da Al-Qaeda a participar do que chamou de “obrigação sagrada”. “Eu digo a esses países: Sim, a liberdade de expressão está lá, mas vocês deveriam criar leis para pessoas que insultam nosso profeta. E se vocês não o fizerem, então o futuro será extremamente perigoso”, afirmou o ministro.
A direção do partido do ministro, o ANP, disse à BBC que suas declarações revelam uma opinião pessoal, e não uma política do partido. No entanto, disse que não irá tomar nenhuma medida contra Bilour.
O Paquistão viveu ontem um dia sangrento durante a celebração do recém instaurado “Dia de Amor a Maomé”, com a morte de pelo menos 19 pessoas nos distúrbios registrados nas cidades de Peshawar e Karachi.