O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse nesta quarta-feira (11/07) que a decisão de suspender o Paraguai do Mercosul e da Unasul (União de Nações Sul-Americanasl) é um sinal claro de que não há mais espaço na região para “aventuras antidemocráticas”.
Ao participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Patriota avaliou que a reação brasileira em relação ao golpe contra o presidente paraguaio Fernando Lugo foi, desde o início, coordenada com os demais países da América do Sul.
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Para o ministro, a aproximação e a construção de parcerias na região somente foi possível por meio da instauração de processos democráticos. A suspensão do Paraguai de ambos os blocos, segundo ele, demonstra que os países sul-americanos não toleram desvios que comprometam a democracia.
“O Paraguai voltará a participar assim que se retomar a plena vigência da ordem democrática”, disse, ao avaliar ainda que a decisão de suspender o país vizinho foi coesa e evidencia o amadurecimento da região.
Venezuela
Sobre a incorporação da Venezuela ao Mercosul, Patriota disse que a medida fortalece a América do Sul e trará mais peso ao bloco. Ele lembrou que o país tem o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) e a quarta maior população da região.
“Com a Venezuela, o Mercosul se estenderá da Patagônia ao Caribe”, ressaltou o ministro. Segundo ele, a adesão faz com que o bloco se projete ainda mais como potência energética, além de fortalecer correntes de investimento e comércio.