Efe
O atual presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aparece com larga vantagem em relação ao seu principal opositor na corrida eleitoral do país sul-americano, segundo a pesquisa divulgada nesta terça-feira (19/06) pelo GIS XXI (Grupo de Investigação Social Século XXI), instituto de estudos políticos e estatísticas. Chávez possui 57,8% das intenções de votos contra 23% do candidato da coalizão de partidos conservadores MUD (Mesa de Unidade Democrática).
Além da enorme diferença, o presidente do GIS XXI, Jessé Chacón, ainda destaca que o nível de reprovação do candidato da oposição chega a 42%, enquanto o atual presidente agrada a 63% dos entrevistados. A pesquisa foi realizada entre os dias 28 de maio e 5 de junho com 2,5 mil pessoas em 24 estados do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Os resultados são diferentes dos divulgados por uma outra empresa, a Consultores 21, que em março deste ano apontava Chávez com 46% das intenções de votos contra 45% de Capriles. Entrevistado pelo Opera Mundi, Chacón afirmou que a diferença entre os resultados das duas pesquisas tem dois motivos. O primeiro seria “político, é claro”. Já o segundo, seria a metodologia utilizada. “Fizemos entrevistas em 24 estados venezuelanos, inclusive nos setores rurais. O presidente Chávez é muito forte nos setores rurais”, explica o presidente do GIS XXI.
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Para ele, independentemente da diferença, os dois estudos mostram uma mesma tendência: o avanço das intenções de votos para Chávez. “Esta mesma empresa, em novembro de 2011, dava uma vantagem de 6 pontos da oposição sobre Chávez. Ou seja, mesmo com esses resultados, eles reconhecem que o presidente Chávez subiu mais de 6 pontos e que o candidato de oposição caiu”, destaca Chacón.
Ainda segundo Chacón, o principal fator que pode influenciar na corrida eleitoral é a doença do atual presidente venezuelano. Chávez foi diagnosticado com um tipo maligno de câncer na região pélvica e já passou por diversas sessões de tratamento. “Vai depender se a recuperação que ele vem mostrando vai se manter assim. Se o presidente Chávez tem uma recaída, será bastante complexo e a oposição poderia ganhar em outubro”, afirma o ex-ministro de Comunicação e Informação do governo venezuelano.