Até 2050, a mudança climática pode deixar 200 milhões de pessoas deslocadas se não forem tomadas as precauções urbanísticas adequadas, alertou nesta sexta-feira (30/09) a ONU (Organização das Nações Unidas) na Cidade do México.
O diretor-executivo da agência ONU-Habitat, o espanhol Joan Clos, explicou em entrevista coletiva que muitos dos deslocados pela mudança climática terão de deixar suas casas devido ao aumento do nível de água dos oceanos e às constantes inundações e secas.
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Clos enfatizou que para começar a evitar estas consequências, os centros urbanos, principais focos poluentes do mundo, devem conscientizar seus residentes sobre a situação, empreender ações que reduzam os gases do efeito estufa e promover o meio ambiente sustentável.
O funcionário da ONU assegurou que estes dados estão no “Reporte global sobre assentamentos humanos 2011: cidades e mudança climática”.
“A prevenção deve ser observada através do planejamento urbano e de códigos de construção, de modo que os habitantes das cidades, especialmente os pobres, estejam protegidos de desastres”, indicou o também secretário-geral adjunto da ONU.
De acordo com o relatório, muitas cidades excedem a média anual recomendada de 2,2 toneladas de dióxido de carbono per capita.
“Existe uma conexão dinâmica, complexa e forte entre o desenvolvimento econômico, a urbanização e o CO2, porque nossos modelos de crescimento estão fundamentalmente imperfeitos”, disse.
Segundo Clos, o documento também assinala que os governos locais e estatais estão tomando a iniciativa para fazer frente à problemática, “diante da ausência de liderança federal ou nacional”.
A partir deste fato, Clos declarou que, dependendo de seus contextos nacionais e históricos, “as autoridades das cidades podem ter um considerável nível de influência sobre as reduções das emissões de gases do efeito estufa e os cidadãos podem fazer uma diferença global”.
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