O papa Bento XVI pediu hoje (11/6) perdão público às vítimas de padres pedófilos e prometeu que trabalhará para que abusos jamais voltem a acontecer. O pedido de perdão foi feito na homilia que o pontífice realiza na Praça de São Pedro, no Vaticano, diante de 15 mil sacerdotes de todo o mundo, com os quais encerra o Ano Sacerdotal.
“Imploramos insistentemente perdão a Deus e a todas as pessoas afetadas, e prometemos fazer todo o possível para assegurar que esses abusos jamais possam se repetir”, afirmou, de acordo com a AFP.
Bento XVI assegurou que, na admissão ao ministério sacerdotal e na formação dos futuros sacerdotes, será examinada exaustivamente “a autenticidade da vocação”. O papa pediu a Deus para que proteja os sacerdotes e os vigie nas situações dolorosas e nos perigos da vida.
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Segundo o Pontífice, se o Ano Sacerdotal, convocado por ele em 2009, tivesse sido uma glorificação das conquistas humanas dos clérigos, “teria sido destruído por estes fatos”. Durante este ano sacerdotal foram conhecidos os abusos de padres pedófilos durante anos na Irlanda, Alemanha, Áustria, Itália, Holanda e Bélgica. Além disso, foram reveladas novas informações de casos já sabidos nos Estados Unidos.
Celibato
Bento XVI defendeu o celibato e disse que a prática é um “grande escândalo” para uma sociedade que vive em um “eterno presente”, segundo a agência Ansa. “Para um mundo em que Deus não entra, o celibato é um grande escândalo porque é vivido como realidade e, por isso, deveria desaparecer”, afirmou o Pontífice.
“Pode surpreender esta crítica em uma época em que está na moda não se casar, mas o celibato dos sacerdotes é algo completamente diverso, não um viver por si só e não aceitar algum vínculo definitivo, mas o contrário”, continuou. “É um sim definitivo, tornando-se parte de Deus, é como o sim definitivo do matrimônio, que faz parte da união natural do homem e da mulher, fundamento da cultura cristã no mundo”, ressaltou.
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