Em meio a um dos mais violentos dias de protesto na Síria, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou o governo de Bashar Al Assad por usar violência contra os manifestantes. Em comunicado, Obama também acusou o país árabe de buscar ajuda do Irã para reprimir os protestos.
Neste sábado (23/04), um porta-voz do governo sírio “lamentou a emissão de um comunicado do presidente norte-americano, Barack Obama, sobre a situação na Síria” e que suas afirmações não “se basearam em uma visão objetiva e integral do que está acontecendo realmente”.
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Citado pela agência oficial Sana, o porta-voz acrescentou que “a Síria nega ter pedido ajuda ao Irã ou a qual outro país” para resolver seus problemas internos. O governo disse estar surpreso pela insistência dos EUA em fazer tal acusação. Para a Síria, as afirmações de Obama são provocação, que colocam em “perigo a segurança dos cidadãos sírios”.
No comunicado, Obama pediu que o presidente mude os rumos do país e atenda aos chamados da população. “Os EUA condenam, nos termos mais enérgicos possíveis, o uso da força por parte do governo sírio contra os manifestantes. O uso degradante da violência para reprimir os protestos tem que cessar imediatamente”, afirmou Obama.
A oposição síria exige libertação de presos políticos, liberdade de expressão e a instauração de um sistema multipartidário.
Estima-se que pelo menos 112 pessoas morreram na Síria nesta sexta-feira
(22/04), data que a oposição escolheu para
convocar grandes protestos em pelo menos 40 cidades do país. O número de
vítimas foi informado na página da rede social Facebook do grupo The Syrian Revolution, um dos organizadores dos atos.
Trata-se do dia mais sangrentos após o início dos protestOs na Síria, em
fevereiro. As mortes foram registradas em vários locais, na cidade
portuária de Latakia, em Homs, Hama, Damasco e Izra'a.
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