O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou, na manhã desta sexta-feira (24/05), sobre a morte de Michel Nisembaum, brasileiro que foi mantido refém pelo Hamas.
Por meio de rede social, o mandatário prestou solidariedade aos entes queridos de Nisembaum, ressaltando que o Brasil “continuará lutando” para a libertação de todos os reféns, um cessar-fogo no enclave e paz entre os povos de Israel e Palestina.
“Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel. O Brasil continuará lutando, e seguiremos engajados nos esforços para que todos os reféns sejam libertados, para que tenhamos um cessar-fogo e a paz para os povos de Israel e da Palestina”, escreveu Lula, na plataforma X.
Soube, com imensa tristeza, da morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas. Conheci sua irmã e filha, e sei do amor imenso que sua família tinha por ele. Minha solidariedade aos familiares e amigos de Michel. O Brasil continuará lutando, e seguiremos engajados…
— Lula (@LulaOficial) May 24, 2024
Em seguida, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro emitiu uma nota manifestando condolências aos familiares e amigos de Nisembaum. Em seu comunicado, o Itamaraty reiterou o apoio ao avanço das negociações entre Israel e Hamas para que se alcance a “libertação imediata de todos os reféns” assim como a “cessação de hostilidades em Gaza”.
“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda tristeza e consternação, da morte do cidadão brasileiro Michel Nisembaum, que se encontrava na lista de sequestrados pelo Hamas desde os atos terroristas de 7 de outubro passado. Os atentados tiveram como saldo mais de 1.200 pessoas assassinadas em Israel e cerca de 250 tomadas como reféns”, diz a pasta.
Pela plataforma X, o jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, lamentou a morte do brasileiro, destacando que o episódio “é fruto histórico da colonização sionista, que deixou aos palestinos somente o caminho das armas para lutar por sua libertação”.
Uma tristeza o perecimento do brasileiro Michel Nisembaum, cujo corpo foi encontrado ontem. Sua morte, ocorrida durante a ação do Hamas em 7 de outubro, é fruto histórico da colonização sionista, que deixou aos palestinos somente o caminho das armas para lutar por sua libertação.
— Breno Altman (@brealt) May 24, 2024
Altman ainda explicou que “na luta de um povo colonizado por sua emancipação, toda a violência que vier a ocorrer, todas as mortes e todos os danos são historicamente responsabilidade exclusiva do Estado colonial, por usurpar o direito à soberania e à liberdade, por impor um regime opressor e de apartheid”.
Na luta de um povo colonizado por sua emancipação, toda a violência que vier a ocorrer, todas as mortes e todos os danos são historicamente responsabilidade exclusiva do Estado colonial, por usurpar o direito à soberania e à liberdade, por impor um regime opressor e de apartheid.
— Breno Altman (@brealt) May 24, 2024
Morte de Michel Nisenbaum
O corpo de Michel Nisenbaum, de 59 anos de idade, foi localizado e resgatado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira. O brasileiro foi feito refém pelo Hamas em 7 de outubro na cidade de Sderot, no sul de Israel, onde morava.
Nisenbaum desapareceu quando tinha saido para buscar a neta de quatro anos que estava com o pai em uma base militar em Re’im, na fronteira do enclave palestino.
Além do brasileiro, foram recuperados outros dois corpos: do israelense Hanan Yablonka, de 42 anos, e do mexicano Orion Hernández Radoux, de 20 anos.
A estimativa é de que 125 reféns israelenses continuam no cativeiro do Hamas, em Gaza. Deste total, pelo menos 39 estariam mortos.