A Assembleia Nacional e o Senado da França autorizaram nesta segunda-feira (23/04) o prolongamento da intervenção militar do país no Mali, para onde enviaram tropas em janeiro a pedido do governo local devido ao avanço de grupos radicais de orientação islâmica rumo à capital, Bamako. A moção foi aprovada por 326 votos favoráveis e nenhum contrário. Apenas a FG (Frente de Esquerda) preferiu se abster da votação, apesar de ter votado a favor logo no primeiro momento da intervenção.
A intervenção, classificada pelo primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, como “um sucesso”, teve até o momento cinco baixas. Depois de 2008, a constituição francesa obriga a este procedimento se as operações militares ultrapassarem os quatro meses, mesmo, neste caso, com o plano de retirada do Mali em marcha.
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Dos 4.500 militares que a França chegou a ter no país africano durante o curso da chamada “Operação Serval”, 500 já voltaram para seu país, e para o próximo mês de julho o contingente deverá ser diminuído para 2 mil, explicou na Assembleia o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian.
Após essa data, a França manterá no Mali apenas mil militares para apoiar o governo do país, que pediu ajuda militar à França em caráter de urgância em janeiro. Os franceses esperam que a ação seja aprovada nos próximos dias pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, do qual a França é membro permanente, explicou o ministro das Relações Exteriores, Laurent Fabius.
Além do contingente francês, o governo malinês contará com o apoio dos cerca de 6.300 militares de outros países africanos que já estão no país como parte da missão Misma. A ONU estuda enviar à região 11,2 mil capacetes azuis e 1.400 policiais.
Em paralelo, está sendo desenvolvida uma missão de formação para o exército do Mali da qual participam cerca de 500 instrutores da UE (União Europeia).
(*) com agências de notícias internacionais