O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, afirmou nesta terça-feira (12/04) que não aceitará a indicação para ser o candidato de seu partido à Casa Branca nas eleições de outubro, uma declaração para “encerrar de uma vez por todas as especulações”.
“Não contem comigo”, disse Ryan durante um discurso na sede do Comitê Nacional Republicano em Washington, depois de seus assessores terem antecipado que o congressista ia descartar formalmente seu interesse em ser o candidato do partido.
“Não quero e não aceitarei a indicação republicana”, reiterou Ryan, candidato à vice-presidência em 2012 como companheiro de chapa de Mitt Romney, que acabou derrotado por Barack Obama.
Agência Efe
'Não quero e não aceitarei a indicação republicana', disse hoje Paul Ryan, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA
Ryan surgiu como um nome de consenso no partido e ganhou força nos últimos meses, diante da possibilidade de os republicanos realizarem uma convenção disputada em julho.
O favorito continua sendo Donald Trump, mas as recentes vitórias nas primárias de seu maior rival, o senador Ted Cruz, diminuíram as chances de o empresário conseguir os 1.237 delegados necessários para garantir a indicação na convenção nacional.
Além disso, a cúpula do Partido Republicano, com Romney à frente, está se empenhando para impedir que Trump seja o candidato do partido nas eleições presidenciais de novembro.
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Segundo Ryan, se a convenção for disputada e nenhum dos atuais postulantes à indicação obtiver a maioria na primeira votação, os únicos que poderiam entrar na briga seriam os outros pré-candidatos que participaram das eleições primárias do partido.
“Eu não deveria ser considerado. Ponto. Fim da história”, frisou o líder republicano.
Ryan, um jovem político visto por muitos de seu partido como futuro candidato à presidência dos EUA, chegou à presidência da Câmara dos Representantes em outubro do ano passado com o objetivo de unir o partido depois de as outras lideranças da legenda não terem entrado em acordo sobre quem seria o substituto de John Boehner no posto.
O congressista de Wisconsin resistiu à escolha a princípio, mas aceitou o cargo após a renúncia do favorito, Kevin McCarthy, e a pressão de outros líderes do partido.
Ao ser perguntado sobre a relação entre as duas situações, Ryan afirmou que ser o presidente da Câmara dos Representantes “está a anos luz” do que significa ocupar a Casa Branca.