O presidente eleito do Chile, Sebastián Piñera, assume o governo depois de amanhã (11) e já anunciou um plano de austeridade financeira para reconstruir o país. Por sua determinação, os ministros deverão cortar gastos, reduzir despesas e apresentar propostas nas suas áreas que se destinem a atender as vítimas dos terremotos e tsunamis. Nos últimos dias, Piñera se reuniu com sua equipe e com integrantes do governo atual.
Piñera quer concluir o conjunto de medidas entre os dias 13 e 15 para em seguida enviar ao Congresso do Chile. Na série de propostas serão mantidas ações em andamento, definidas pelo governo de Michelle Bachelet, e também serão incluídas novas etapas que visam a reconstrução do país e apoio às vítimas.
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Um dos empresários mais bem sucedidos do país, dono da maior parte das ações da empresa aérea Lan Chile e do terceiro maior time de futebol chileno, o Colo Colo, Piñera conta com o apoio e as promessas do setor empresarial. Mas ele sabe que isso não é suficiente.
Atento à necessidade de alinhavar um acordo político para garantir a aprovação das medidas, Piñera se reuniu com aliados e também com a oposição. Foram conversas separadas, mas segundo assessores, o tema e o tom foram os mesmos: é necessário haver unidade para o Chile retomar a normalidade. A todos ele pediu apoio e colaboração.
Política externa
Paralelamente, Piñera dá sinais de como conduzirá a política externa durante seu governo. No intervalo entre as negociações em torno das propostas para a reconstrução do Chile, ele recebeu o presidente do Peru, Alan García, e o ministro alemão, Guido Westewelle.
Chilenos e peruanos estão em uma disputa sobre limites marítimos. A questão está na Corte de Haia (Holanda). O tema é considerado delicado e fundamental para a diplomacia de ambos os países e foi tratado por Piñera e García.
Com Westewelle, o presidente eleito reiterou que irá apoiar os alemães na tentativa de ingressarem como membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. De forma semelhante Piñera agiu em relação ao Brasil, ao conversar sobre o assunto com o chanceler Celso Amorim. Com o brasileiro, ele também disse que apoia o pleito do Brasil de se tornar integrante permanente do conselho – atualmente o Brasil é um dos dez rotativos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participará da cerimônia de posse de Piñera marcada para a próxima quinta-feira. Ele enviará representantes.
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