A IPID (Direção de Investigação Independente da Polícia da África do Sul, na sigla em inglês) informou neste domingo (19/08) que encontrou cerca de 300 cápsulas de bala nos arredores da mina de platina de Marikana, onde foram mortos 38 mineiros em greve na última quinta-feira (16/08).
De acordo com o jornal local Sunday Tribune, os investigadores do IPID também apreenderam 45 armas que teriam sido utilizadas no massacre. Autoridades asseguram que todo o material recolhido no local já está passando por perícia.
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O episódio é apontado como a pior cena de violência nos país desde o fim do regime do apartheid. Foram convocadas 180 pessoas para deporem sobre o caso, que foi uma resposta à paralisação dos trabalhadores da empresa britânica Lonmin, responsável pela exploração do minério de platina em Marikana.
Os trabalhadores, armados com paus e facões, protestavam contra as condições de trabalho impostas pela Lonmin. A versão oficial tenta argumentar que os policiais agiram em legítima defesa, já que os operários tentavam atacar os oficiais.
Jacob Zuma, presidente da África do Sul, anunciou a criação de um comitê para analisar o ocorrido logo após visitar o lugar do massacre. Além disso, a ministra de Recursos Minerais da África do Sul, Susan Shabangu, afirmou neste sábado (18/08) que será formada uma comissão com membros da indústria, sindicatos, representantes do governo e líderes tradicionais para examinar as leis trabalhistas no setor minerador.