Um grupo de presos uruguaios que participou de um motim na prisão de Comcar em 25 de abril e foi levado para uma penitenciária em Rivera iniciou, na noite desta quarta-feira (02/05), uma greve de fome.
Os detentos se recusaram a jantar na noite desta quarta e dois deles chegaram a costurar suas bocas com dois pontos. A medida é uma forma de protestar contra as condições de reclusão de Comcar.
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A rebelião do dia 25 destruiu os módulos 4 e 5 do centro penitenciário, onde eram alojados cerca de 1.200 prisioneiros, que tiveram que ser transportados para outros locais. No entanto, 679 presos continuam alojados em um pátio de Comcar a céu aberto, em condições precárias, justo quando o frio começa a atingir o país.
O Ministério do Interior informou que 200 presos seriam transferidos para 20 locais fechados enquanto se realizam as obras de reconstrução do presídio. O governo fez um chamado para empresas interessadas na obra, que terá um custo de cerca de 7 milhões de dólares.
A questão carcerária tem se colocado em evidência no Uruguai após o país ter assistido a três motins, dois deles em centro penitenciários de mulheres que também ocorreram na semana passada.
Para evitar novos levantes, o governo apressou a medida que mobiliza militares para realizarem a segurança das cadeias, com o objetivo de evitar a entrada de armas de fogo. Atualmente, o sistema penitenciário do país aloja mais de 9 mil presos, apesar de ter capacidade para apenas 5 mil.