O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta terça-feira (10/8) que a comissão que investigará o ataque israelense à frota que levava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza entregará o primeiro relatório em setembro.
A reunião entre Ban e quatro membros deste grupo independente aconteceu na sede das Nações Unidas, em Nova York, e teve como produto final um documento em que o secretário-geral da ONU agradeceu ao ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe e ao ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia Geoffrey Palmer, por presidirem da equipe e assumirem esta “importante responsabilidade e enfrentarem a tarefa com compromisso”.
Além disso, o documento esclarece que a comissão não foi criada para determinar a responsabilidade penal individual, mas sim para examinar e identificar os fatos, as circunstâncias e o contexto do incidente, bem como recomendar formas de evitar futuros incidentes.
“Sua principal missão será rever e analisar os relatórios dos inquéritos nacionais e estabelecer contatos com as autoridades nacionais”, disse Ban.
O delegado israelense, Joseph Ciejanover, e o turco, Ozden Sanberk, que representa o país do qual partiram os navios atacados por Israel e os nove ativistas mortos também participaram da reunião.
“Para esse efeito, o painel irá receber e analisar os relatórios dos inquéritos nacionais sobre o incidente e pedido de esclarecimentos e informações que ele pode exigir às autoridades nacionais competentes”, acrescenta o texto.
Inquérito
Além do comitê de investigação da ONU, que foi solicitado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Conselho de Direitos Humanos da organização, nomeou também de três membros para compor a “missão de inquérito internacional independente”, que tem como objetivo determinar se a operação violou o direito internacional.
No dia 31 de maio, comandos israelenses bombardearam um comboio de navios turcos que levava ajuda humanitária a Faixa de Gaza para impedir os navios de romper o bloqueio imposto aos palestinos. O ataque gerou a morte de nove ativistas turcos e repercussão internacional, que condenou a ação israelense.
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