O Ministério das Relações Exteriores da China voltou a condenar as sanções e o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. Em pronunciamento feito nesta sexta-feira (20/80), a porta-voz da Chancelaria chinesa, Hua Chunying, disse que a imposição de medidas unilaterais contra a ilha caribenha torna evidente a hipocrisia de Washington sobre os direitos humanos.
“Os fatos mostram que quanto mais sanções são impostas sob a bandeira dos direitos humanos, mais a hipocrisia, os padrões morais duplos e a natureza dominante dos Estados Unidos ficam expostos”, disse Hua.
A porta-voz de Pequim ainda criticou a Casa Branca por insistir em punir três outras autoridades da ilha caribenha na quinta-feira (19/08), ao invés de atender o apelo internacional pelo fim do bloqueio e auxiliar Cuba a melhorar sua economia, apoiando e protegendo os direitos básicos do povo cubano.
Hua reafirmou o apoio do governo chinês a Cuba, relembrando os 30 ventiladores pulmonares de alto desempenho enviados ao país no mês passado, e anunciou que Pequim está pronta para transferir outro lote de equipamentos e suprimentos médicos para contribuir na luta contra a pandemia na ilha.
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Biden não tem autoridade moral, respondeu Havana
Biden 'não tem autoridade moral'
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, disse nesta sexta-feira (20/08) que o governo norte-americano “não tem autoridade moral” para penalizar funcionários da ilha.
A declaração do chanceler acontece após os Estados Unidos terem anunciado novas sanções contra dirigentes cubanos nesta quinta-feira (19/08).
“Rejeitamos com persistência o desejo norte-americano de atacar Cuba e a população cubana, além de reforçar o bloqueio econômico”, declarou Rodriguez no Twitter.
A nova medida punitiva dos EUA mira dois funcionários do alto escalão do Ministério da Defesa cubano, Roberto Legrá Sotolongo e Andrés Laureano Gonzáles Brito, além de um outro funcionário do Ministério do Interior, Abelardo Jiménez González.
Legrá é chefe de Operações das Forças Armadas Revolucionárias, González comanda o Exército Central, e Jimenez dirige as penitenciárias cubanas.
De acordo com nota da diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, Andrea Gackim, as sanções foram impostas porque “o Departamento do Tesouro vai continuar responsabilizando aqueles que permitiram que o governo de Cuba perpetuasse abusos dos direitos humanos”.
*Com Prensa Latina