Centenas de sírios se manifestaram neste sábado (15/10) em frente ao escritório das Nações Unidas em Amã, capital da Jordânia, para protestar contra o veto da Rússia e da China a um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU que condenaria a repressão dos protestos em seu país.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem e levavam cartazes que pediam a derrocada do presidente Bashar al Assad e o julgamento dos dirigentes sírios por “crimes contra o povo e violações do direito internacional e valores religiosos”, segundo a Agência Efe pôde constatar.
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Os participantes da concentração expressaram apoio à revolução na Líbia e disseram que Assad deveria ter o mesmo destino que o foragido líder líbio, Muammar Kadafi.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta sexta-feira (14) a Assad que acabasse imediatamente com o “banho de sangue” que vive a Síria, onde o organismo estima mais de 3 mil mortos desde o início da repressão em março, entre elas pelo menos 187 crianças.
França, Reino Unido, Alemanha e Portugal apresentaram na semana passada um projeto de resolução para condenar o regime sírio. O texto não incluía a imposição de sanções, mas ameaçava com ações concretas caso a repressão continuasse.
Durante a votação, Rússia e China se opuseram ao texto e exerceram seu poder de veto como membros permanentes do Conselho, enquanto os representantes de Brasil, Índia, África do Sul e Líbano se abstiveram.
Nos meses que dura a repressão na Síria, o Conselho de Segurança não conseguiu aprovar uma resolução de condenação ao regime de Damasco, mas adotou em agosto uma declaração presidencial – texto de menor impacto – na qual condenou a repressão de Assad.
A Jordânia se transformou em refúgio para inúmeros sírios que fogem da repressão em seu país, mas o Governo de Amã não divulgou números oficiais a respeito.
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